Criação do peixe beijupirá é alternativa de sustentabilidade no Baixo Sul

Um protocolo de intenções para criação do peixe ‘beijupirá’ foi firmado nesta quinta-feira (8) pela Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri)/Bahia Pesca, Pratigi Alimentos e a Casa Familiar das Águas do Baixo Sul (CFA) e vai beneficiar 70 famílias e 40 cooperados envolvidos com a aquicultura no Baixo Sul da Bahia.

O documento foi assinado no estande da Bahia Pesca, no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador, onde acontece, até esta sexta-feira (9), a III Aquapesca Brasil, maior feira internacional do segmento, para discutir os avanços e as oportunidades de negócios do setor. 

A parceria prevê o desenvolvimento de pesquisa aplicada ao cultivo do ‘beijupirá’ na região, com o objetivo de melhorar as condições de produtividade das atividades de aquicultura, por meio do envolvimento das comunidades estabelecidas em áreas do entorno.

Mais rentabilidade

A iniciativa consiste na elaboração de pesquisa para criação do ‘beijupirá’ em tanques rede, além do desenvolvimento de uma ração apropriada para o peixe, que não está tão bem adaptado às condições brasileiras. Também promoverá a integração das comunidades no projeto.

“A tilápia, em um ano, pesa um quilo. O beijupirá, no mesmo período, atinge seis quilos. Diante disso, o nosso desafio é ter mais rentabilidade com o custo de produção reduzido e, para isso, precisamos fazer pesquisas”, destacou o presidente da Bahia Pesca Isaac Albagli.

Para o secretário da Agricultura, Eduardo Salles, a iniciativa avança para dar autonomia às famílias. “Essa parceria é um caminho para darmos sustentabilidade ao pescador, pois ele terá condições de sobrevivência a partir da sua atividade local. Comprar somente ração industrializada não traz desenvolvimento, portanto, não é sustentável”, destacou.

A presidente do Conselho Deliberativo da Casa Familiar das Águas do Baixo Sul (CFA), Zenaide dos Santos, reforça a opinião do secretário, ao afirmar que as comunidades terão a possibilidade de crescimento a partir da aquicultura. “Temos o ambiente favorável para isso e tenho certeza de que os pescadores conseguirão implementar esse trabalho”, disse.