Por meio do Programa de Melhoria da Saúde Materna e Neonatal, das Voluntárias Sociais da Bahia, 50 gestantes atendidas no Centro de Parto Normal Marieta de Souza Pereira, no Centro Espírita Mansão do Caminho, no bairro de Pau da Lima, foram beneficiadas nesta terça-feira (18) com a entrega de enxovais.

Este ano, 360 parturientes foram contempladas com os kits recebidos após o cumprimento das etapas do programa que incentiva a realização do pré-natal, como forma de reduzir a mortalidade materna e neonatal.

A iniciativa das Voluntárias Sociais é desenvolvida em parceria com órgãos governamentais e não-governamentais e associações de bairro, entre outras instituições. Este ano, as atividades passaram a integrar as ações das bases comunitárias de segurança instaladas em áreas como Nordeste de Amaralina e Rio Sena.

Segundo a coordenadora do programa, Tânia Nogueira, as parcerias são a primeira etapa da iniciativa. “O critério é garantir o acesso ao pré-natal da gestante, assim como a informação e a realização de exames”.

Para serem beneficiadas, as gestantes em situação de vulnerabilidade social, entre o quinto e o oitavo mês, precisam se cadastrar em uma das entidades comunitárias conveniadas, além de apresentar o ‘cartão da gestante’, fornecido pela unidade de saúde, resultado da ultrassonografia e documento com foto. Depois, elas participam de palestras sobre a importância do pré-natal, ministradas por profissionais de saúde.

Uma das parturientes a ganhar um enxoval, Silvana Brito avaliou o acompanhamento recebido no Centro de Parto Normal (CPN). “O atendimento é excelente. As pessoas cuidam muito bem da gente e eu me sinto realizada”.

O kit doado pelas Voluntárias Sociais é composto por banheira, fraldas, meias, roupas, toalhas, lençol, cobertores e itens de higiene. Esperando pelo segundo filho, Ana Paula de Souza não conteve a alegria ao receber o enxoval. “É uma ajuda muito bem-vinda e estou muito agradecida”.

Pioneirismo baiano

Inaugurado em agosto de 2011, o CPN foi o primeiro do país, via programa Rede Cegonha, do governo federal. O centro tem capacidade para realizar até 120 partos naturais/mês e foi construído e equipado com doações de voluntários e contrapartidas do governo federal, através do Ministério da Saúde, e do governo estadual, por meio da Secretaria da Saúde (Sesab).

Para o diretor técnico do CPN, José Carlos Gaspar, a parceria com as Voluntárias Sociais fortalece o incentivo ao parto humanizado. “O resgate do parto natural precisa ser incentivado e está claramente vinculado à diminuição de riscos, porque a cesárea é um parto que envolve muito mais riscos”.

Apenas 12 horas após dar à luz a Enzo, seu segundo filho, Elaine Santana só dependia da alta médica para voltar para casa. “O acolhimento e o fato de poder ter um acompanhante o tempo inteiro são muito importantes. Ter alguém da família ao lado é bom demais”, disse, elogiando outra vantagem do parto realizado no CPN.