Maior festa popular do mundo, o Carnaval de Salvador terá um investimento de R$ 13 milhões, via Secretaria Estadual de Cultura (Secult). A programação contempla o Carnaval do Pelô, o Carnaval Ouro Negro e o Carnaval Pipoca, além do Palco do Rock e as festas pré-carnavalescas, projeto que anima o Pelourinho desde os primeiros dias deste ano com atrações que vão se apresentar no Carnaval Pipoca.

“Essas ações são fundamentais para a diversidade musical e cultural da festa, bem como o acesso democrático às manifestações populares”, afirmou a diretora do Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), da Secult, Arani Santana.

Idealizado para promover o contato do público com a diversidade cultural, o Carnaval Pipoca levará aos circuitos Dodô (Barra/Ondina) e Osmar (Campo Grande) ritmos como rap, samba, reggae, rock, dentre outros. Os 22 projetos de apresentação aprovados estarão distribuídos nos circuitos de sexta (8) a terça-feira (12). Um investimento de R$ 2,3 milhões vai envolver custos na contratação dos projetos, trio e produção.

Pelo quinto ano consecutivo, no Carnaval Ouro Negro, haverá desfile de blocos de matriz africana, indígena, afoxés, além de blocos de samba, reggae e outros ritmos. A estimativa é de que 130 entidades sejam beneficiadas através do projeto. As apresentações acontecerão nos circuitos Batatinha (Pelourinho), Dodô e Osmar.

“O Ouro Negro é um dos projetos mais significativos criados pela Secult. Suas atividades contemplam, além da garantia aos desfiles durante o Carnaval, o apoio ao trabalho de algumas entidades que se dedicam a ações socioculturais e contribuem para o desenvolvimento das comunidades onde elas foram criadas e para o resgate e a valorização de suas tradições, qualificando ainda mais o projeto e as instituições apoiadas”, disse o secretário de Cultura, Albino Rubim. Com esse projeto, a Secult apoia também entidades desse mesmo gênero de Feira de Santana, que desfilam em abril, na Micareta de Feira.

Muitas atrações no Pelourinho

Este ano, 41 atrações serão selecionadas a partir de chamadas públicas para tocar nas três praças e no Largo do Pelourinho. Além disso, outras 22 entidades se apresentarão nas ruas do Centro Histórico. A decoração também será especial, em homenagem à guitarra baiana e aos carnavais negros nas Américas. Junto às atrações selecionadas pelas chamadas públicas, shows especiais e temáticos vão acontecer todas as noites, abrindo a programação do grande palco do Largo do Pelourinho.

Além das atrações musicais do largo e das praças, a partir das 16h, diariamente, o Carnaval do Pelô conta com bailes infantis, desfiles de bandas itinerantes, performances e blocos alternativos. Acontecem ainda as saídas de famosos afoxés e blocos afros, como os Filhos de Gandhy e o Olodum.

A programação do Pelô é voltada para foliões que buscam uma festa diversificada e alternativa ao axé. Na abertura, dia 7 (quinta-feira), acontece um grande show com Morais Moreira. Em seguida, shows coletivos com encontros entre diferentes artistas marcam as noites do Centro Histórico durante o Carnaval.

O Carnaval do Pelô conta com estacionamentos, segurança, restaurantes e bares, além de uma sala de imprensa, montada na casa 12, sede do CCPI, para receber jornalistas de veículos locais, nacionais e internacionais que trabalham na cobertura da festa.

Palco do Rock e a festa em Maragojipe

Os foliões da capital poderão aproveitar ainda as atrações do Palco do Rock. Localizado no Pelourinho e apoiado pelo Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural (Ipac), o espaço vai reunir artistas e grupos musicais do segmento de caráter nacional e local. O investimento do Ipac na festa se estende também ao Carnaval de Maragojipe, no interior, que terá R$ 330 mil. Com uma tradição de mais de 180 anos, a festa em Maragojipe possui força e singularidades mantidas pelo povo, sendo reconhecida e registrada como patrimônio cultural da Bahia.