A terceira e mais importante etapa de requalificação da Feira de São Joaquim foi iniciada neste mês. O local, antes ocupado por boxes e bancas, atualmente dá lugar a escavadeiras, tratores, martelo, serrotes e outros equipamentos da construção civil.

Este etapa vai contar com sete fases, que terão um investimento de R$ 39 milhões. As obras começaram próximo à enseada de São Joaquim. Lá, os boxes que estavam em péssimas condições físicas foram demolidos para dar lugar a novos. Os que permaneceram de pé serão reformados. A previsão é que a obra seja totalmente concluída em dezembro de 2014.

Mesmo com as obras em andamento os comerciantes continuam trabalhando. A diretora de Equipamentos e Qualificação Urbanística da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado (Conder), Lívia Gabrielli, afirmou que durante a primeira fase da terceira etapa, 300 feirantes foram relocados para um galpão em Água de Meninos de forma provisória.

Segundo ela, quando a primeira fase for finalizada, em junho próximo, os comerciantes retornarão ao local. Com o galpão livre, outros feirantes serão transferidos para iniciar a segunda fase e, assim, sucessivamente.

Novos espaços

A fim de acelerar ainda mais a obra, órgãos estaduais envolvidos com a obra, como Conder, a Secretaria do Turismo (Setur) e Empresa Baiana de Alimentos (Ebal), buscam novos espaços para instalar os feirantes. “Estamos negociando novos espaços para transferir os feirantes enquanto as intervenções na feira são realizadas. Com esta medida, podemos dar mais dinamismo à obra”, enfatizou Gabrielli.

Apesar de estarem instalados em um galpão com espaço físico em condições de funcionamento das atividades comerciais, os feirantes afirmam estarem ansiosos para voltarem a São Joaquim. “Minha expectativa é que tudo melhore, já que a feira, depois de reformada, vai ficar mais organizada. Com esta reforma haverá mais clientes, vamos vender mais, porque tudo ficará bonitinho, limpinho e todo mundo gosta disso”, acredita a feirante Núbia Flores, 66 anos, e que há 33 possui uma banca de flores na feira.

As duas primeiras etapas da requalificação já foram concluídas. A primeira etapa da requalificação foi justamente o remanejamento dos vendedores para um galpão. Essa etapa também contou com a construção de um pátio para carga e descarga de caminhões. A segunda etapa contou com melhorias nas estruturas portuárias da enseada de São Joaquim, compreendendo serviços de dragagem, contenção, cais e atracadouro. 

Revitalização

Ocupando uma área aproximada de 37 mil metros quadrados, a Feira de São Joaquim é uma referência cultural para a cidade de Salvador, e foi indicada para ser registrada e inscrita no Livro dos Lugares do Patrimônio Imaterial do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).

A feira é famosa pela diversidade de produtos que comercializa, onde se pode encontrar desde alimentos típicos e artesanato, até animais vivos, trazidos de diversas partes do Recôncavo baiano.

Dessa forma, a intervenção de requalificação urbana da Feira de São Joaquim configura uma ação fundamental para o processo de revitalização do tradicional bairro do Comércio e também para sua consolidação como cartão postal da capital baiana e elemento estratégico no roteiro de visitação turística inserido no calendário da Copa do Mundo de 2014.

Intervenções

– Implantação de infraestrutura em rede (redes de esgotamento sanitário, de distribuição de água, de drenagem pluvial, de distribuição de energia elétrica, de telefonia, sistema de prevenção e combate a incêndio, sistema de sonorização)
– Pavimentação
– Paisagismo
– Entreposto frigorífico
– Cobertura para boxes e circulações
– Construção de 923 boxes
– Reforma de 416 boxes