O governador Jaques Wagner e os secretários estaduais para Assuntos Internacionais e da Agenda Bahia (Serinter), Fernando Schmidt, e de Promoção da Igualdade Racial (Sepromi), Elias Sampaio, receberam nesta segunda-feira (18), na Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia, o ex-reitor e presidente emérito da Morehouse College (EUA), universidade historicamente voltada para a população negra, Robert Franklin. Entre os notáveis ex-alunos da instituição está o ativista político Martin Luther King Jr.

De acordo com o secretário de Promoção da Igualdade Racial, Elias Sampaio, a visita só reforça as ações iniciadas ano passado quando, em missão ao Estado da Geórgia (EUA), o Governo da Bahia apresentou oportunidades de investimentos a empresas americanas e assinou o Memorando de Entendimento com o Condado de Fulton. O objetivo foi estreitar a cooperação bilateral no âmbito das artes e da cultura, da saúde pública, da educação, das políticas para a juventude e do desenvolvimento econômico e do turismo, com o foco na promoção da igualdade racial.

Ainda segundo Sampaio, isso mostra o fortalecimento de uma cooperação internacional que já vem sendo tocada pelo governo estadual e em consolidação. “Estamos fazendo um trabalho conjunto com um grupo de pessoas, em Atlanta, e aqui na Bahia. Vamos ter troca de idéias e ações em diferentes áreas como cultura, saúde, combate ao uso de drogas e, principalmente, intercâmbio na área de educação”.

Formação de lideranças

O propósito da visita foi de estreitar ainda mais a relação entre os países, principalmente na área da educação e população afro-descendente, pois durante a missão aos Estados Unidos, o então reitor Robert Franklin demonstrou interesse em ações que possam aumentar o número de estudantes estrangeiros em sua faculdade e reforçou a missão da instituição para a formação de lideranças negras.

“Venho na Bahia para retribuir a visita do governador e também como pesquisador, pois, como presidente emérito, preciso observar as iniciativas desenvolvidas aqui, algumas delas inovadoras, que podem ajudar outras partes do mundo. Inclusive ações realizadas na Bahia que preparam os jovens negros para o vestibular e de forma geral para as questões étnicas e de lideranças”, disse Franklin.