O governador Jaques Wagner, que se encontra em São Paulo participando de um evento da Câmara de Comércio e Indústria Brasil-Alemanha, lamentou o falecimento do Padre Renzo Rossi, na manhã desta segunda-feira (25), na Itália. “Sempre tive uma estima elevada pela figura humana do padre Renzo, um grande amigo, de um caráter admirável e uma pessoa humana que fará falta a todos os que conviveram ou tiveram a honra de conhecê-lo mais de perto”. O governador Wagner destacou, ainda, a luta incansável do padre em defesa da democracia, contra as injustiças sociais e pela solidariedade e apoio aos mais pobres.

No Brasil desde 1965, o Padre Renzo, após uma visita ao preso político Benjamim Ferreira de Souza, líder sindical, detido no período da ditadura militar na Penitenciária Lemos Brito, passou a atuar nas penitenciárias da capital baiana com o objetivo de oferecer conforto espiritual aos presos e aos familiares.

Secretário Schmidt também emite nota de pesar 

“Defensor da liberdade e das vítimas do arbítrio da ditadura militar no Brasil (1964-1985), o Padre Renzo Rossi marcou a vida de muitos presos políticos na Bahia, porque foi um dos poucos religiosos que tiveram coragem para visitar os presídios confortando espiritualmente e apoiando aos que lutavam contra a ditadura”, afirmou o secretário para Assuntos Internacionais e da Agenda Bahia, Fernando Schmidt ao lamentar a morte do padre Renzo Rossi. O italiano faleceu aos 87 anos em Florença, Itália, em consequência de um câncer de pâncreas.

Padre Renzo morou na Bahia entre 1965 e 1997, quando deixou o Brasil por motivo de doença e retornou para a Itália. Entre 1973 e 1981, militou de forma intensa a favor dos presos políticos, visitando 14 presídios no Brasil – 11 masculinos e três femininos, viajando de ônibus. O secretário lembrou que esta tarefa foi dada ao Padre Renzo pelo Cardeal Dom Avelar Brandão Vilela, Arcebispo Primaz do Brasil.