Para minimizar os impactos causados pela seca nos açudes baianos, a Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura, Pecuária, Irrigação, Reforma Agrária, Pesca e Aquicultura do Estado da Bahia (Seagri), criou um plano de ação com medidas atenuantes.

A ação, segundo informações divulgadas pela empresa, visa evitar a mortandade de peixes, como ocorreu no açude Itarandi, no final de janeiro, quando chuvas torrenciais na região, aliadas ao acúmulo de material orgânico pós seca, provocaram aumento na produção de gás carbônico no local, próximo ao município de Conceição do Coité.

As atividades estão sendo articuladas com o Programa Vida Melhor, coordenado pela Casa Civil, e outras órgãos estaduais como a Secretaria de Desenvolvimento e Integração Regional, por meio da Companhia de Ação e Desenvolvimento Regional (CAR) e Secretaria do Meio Ambiente, pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema).

Plano de ação

Entre as medidas estabelecidas no plano de ação da Bahia Pesca estão visitas técnicas para apurar possíveis problemas ocasionados pelo pós seca, monitoramento da qualidade da água e, caso necessário, elaboração de um projeto de esgotamento sanitário.

“Conforme orientação do Governo do Estado, as atividades serão desenvolvidas em conjunto com demais secretarias, prefeituras municipais e instituições ligadas ao setor”, afirma o presidente da Bahia Pesca Cássio Peixoto. Segundo ele, a preocupação é manter o diálogo permanente entre parceiros “e impactar positivamente a realidade das milhares de famílias que vivem da pesca e aquicultura em todo o território baiano”.

O assessor de projetos da empresa, Eduardo Rodrigues, explica que é comum ocorrerem problemas como mortandade de peixes em açudes após um longo período de estiagem. “A seca pode provocar um aumento de material orgânico e, consequentemente, um aporte de nutrientes como nitrogênio e fósforo que pode levar animais à morte”.

De acordo com Eduardo, as medidas são implementadas conforme cada caso e podem envolver o monitoramento da qualidade da água, a elaboração de um projeto de esgotamento sanitário, junto com a Embasa, e um estudo de capacidade do açude, além do posterior repovoamento da aguada. Caso o dimensionamento indique um potencial do açude para a aquicultura, a Bahia Pesca elabora um projeto de criação de peixes em tanque rede e fornece toda a capacitação aos pescadores.

Ainda conforme as informações do presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixoto, todas as estações de piscicultura da empresa estão sendo monitoradas e preparadas para produzir, este ano, cerca de 40 milhões de alevinos a fim de reparar os danos causados pela seca no estado.