Até 2015, a Bahia receberá R$ 72,5 bilhões em investimentos privados. Os recursos serão destinados a diversas áreas, como mineração, celulose e papel. O setor mais contemplado será o de energia, no qual serão injetados 25,6% do total, sendo que a maior parte do montante será destinada ao segmento de energia eólica. Esse crescimento do estado traz desafios na área de produção de conhecimento, conforme enfatizou, nesta quarta-feira (13), o secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli.

Ele ministrou palestra como parte das atividades da Semana da Escola Politécnica, em comemoração aos 116 anos da instituição, vinculada à Universidade Federal da Bahia. Falando para um público de professores e estudantes dos cursos de engenharia, Gabrielli pontuou as obras estruturantes que estão sendo feitas na Bahia e os diversos segmentos que receberão mais investimentos nos próximos anos. Como consequência, enfatizou que haverá a abertura do mercado de trabalho, com espaço para aqueles que se dedicam à inovação.

Um exemplo dado pelo secretário foi a energia eólica. Apesar da Bahia possuir o maior parque eólico do país e produzir alguns equipamentos no estado, há carências que precisam ser supridas, a exemplo de desenvolver equipamentos com aerodinâmica adaptada ao tipo de vento local para otimizar sua utilização, ou criar mecanismos para transformação da energia cinética em elétrica, ou, ainda, apontar melhor meio de transportar as torres gigantes.

Gabrielli indicou também o setor naval e náutico, que sofrerá forte impacto com a construção da Enseada de Paraguaçu. “O estaleiro vai demandar tecnologias que hoje são importadas”, observou o secretário, exemplificando com as sondas usadas no pré-sal.