Com o objetivo de repassar conhecimentos técnicos sobre o manejo dos Sistemas Agroflorestais (SAF), ensinados pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), 14 famílias da aldeia indígena Nova Vida, dos Pataxó Hã-Hã-Hãe, em Camamu, estão realizando mutirões, duas vezes por semana, com os demais moradores da localidade. A atividade trata do cultivo de culturas como seringueira, graviola, mandioca, milho, feijão e pitanga, em um hectare de área que abriga o SAF.

O primeiro curso realizado para os Pataxó Hã-Hã-Hãe aconteceu em março desse ano, coordenado pelos técnicos da EBDA, Alexsandro da Conceição Souza e Helder Rocha da Conceição, e contou com práticas culturais, no campo, onde foram ensinadas técnicas como a poda da graviola, desbrota da seringueira, manejo de sobreamento, e orientações sobre roçagem, coroamento e adubação de plantas.

“O manejo tem como objetivo recuperar, manter ou aumentar o nível de produtividade do sistema e favorecer a conservação dos recursos disponíveis”, disse Helder Rocha, que explicou: “as técnicas de manejo visam manter a capacidade produtiva do sistema, o balanço de nutrientes e o suprimento de água, na área plantada”.

Indígenas como Deusdete Jesus Santos, após o treinamento, passam a ser multiplicadores de técnicas de plantio e manutenção de SAF, o que já vai acontecer a partir da primeira quinzena de abril. “A gente já sabe como fazer as podas e agora é só esperar as chuvas voltarem para continuar podando”, disse Santos.