A inauguração do segundo posto do CrediBahia em Salvador aconteceu nesta sexta-feira (19) e vai funcionar nas dependências da Unidade Central do SineBahia, na Avenida ACM, Edifício Torres do Iguatemi. Com esse, chega a 167 o número de postos do CrediBahia espalhados pelo estado.

O programa é voltado para trabalhadores que possuem empreendimentos formais ou informais com mais de seis meses de funcionamento e com faturamento anual de até R$ 120 mil. O recurso contribui para o microempreendedor realizar reformas, investir em equipamentos ou manter como capital de giro.

De acordo com o secretário estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, Nilton Vasconcelos, o crédito é um dos componentes mais importantes para o incentivo à produção. “A pequena produção, sobretudo a esta que se dedica o microcrédito, precisa desse aporte. A Bahia possui hoje R$ 30 milhões na carteira ativa, que são empréstimos realizados aos pequenos empreendedores. São empréstimos de R$ 200 a R$ 10 mil. Imagine que em um município onde os empreendedores têm R$ 300 mil ou R$ 400 mil desses recursos, isso movimenta o comércio e a economia local”.

De 2002 a este ano, 105 mil contratos foram firmados com empreendedores, entre eles, comerciantes e prestadores de serviço, como ambulantes, diaristas e costureiras.

O CrediBahia facilita o acesso ao crédito a trabalhadores que muitas vezes são excluídos do sistema financeiro formal. Esse é o caso do artesão Jorge Luís Tosta Damasceno. Com o recurso do programa, ele comprou matéria-prima para sua empresa, que funciona no quintal da casa. “Eu já havia tentado empréstimo em bancos e não tinha conseguido. Soube desse programa, e através dele consegui um empréstimo, com juros baixos, e investi na minha empresa. Comprei tinta e pude pagar de forma tranquila, a partir do que ia produzindo e vendendo”.

Facilitação de garantias é feita por grupo solidário

Para o coordenador de microcréditos e finanças solidárias do CrediBahia, Joaquim Gonçalves, a facilitação está na apresentação de garantias feita por grupo solidário. “O microempresário pode ter o crédito e ser avaliado por outros microempresários, que formam o grupo solidário, composto de três a cinco pessoas, onde um avalia o outro, e isso é o bastante. Além disso, os juros aplicados são baixos, cerca de 1,8% ao mês, e ainda tem o empréstimo subsidiado. Exemplo, se forem tomados R$ 1 mil, ao fim de 12 meses seriam pagos de juros R$ 216, mas com o subsídio de quase 40% seriam apenas R$ 120 de juros”.

O programa funciona em parceria com a Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia) e a Superintendência do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-Bahia).