O Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Escola Parque, no bairro Caixa D’Água, em Salvador, empossou nesta terça-feira (30) os membros dos colegiados escolares das unidades que o integram. A cerimônia aconteceu na Biblioteca Carmem Teixeira, com a presença de representantes das Escolas Classe I, II, III e IV, Escola Estadual Anísio Teixeira, Colégio Estadual Álvaro Augusto da Silva, Escola Estadual Professora Candolina, Colégio Estadual Celina Pinho e Escola Parque.

Dirigentes, professores, funcionários e estudantes, acompanhados por familiares, prestigiaram o evento. De acordo com a superintendente de Acompanhamento e Avaliação da Rede Escolar, da Secretaria da Educação do Estado da Bahia, Eni Bastos, “para a escola ser uma máquina de fazer democracia, como definiu o educador Anísio Teixeira, é preciso que, no interior dela, exista verdadeiramente o processo democrático”.

Os estudantes da Escola Classe III, Alberto Alves, 13 anos, e Caio Sena, 15, fazem parte do colegiado escolar. Apesar de muito jovens, eles mostram consciência sobre as suas funções. “É o representante dos alunos que fala por todos os estudantes. Tenho mais maturidade e responsabilidade, porque, além da opinião dos diretores, também tenho que dar a minha opinião para resolver os problemas”, disse Alberto.

Já Caio trouxe exemplos práticos de como pode interferir na escola. “É preciso ajudar as pessoas que precisam. Os colegas com deficiência, por exemplo, precisam de uma rampa na escola”. Selma Borges, mãe do estudante Felipe Guimarães, 14, integra o colegiado escolar da Escola Professora Candolina.

“Nós, mães, temos que estar sempre ajudando a escola, prestando atenção nos nossos filhos, não deixando só para os professores. Nossos filhos têm que crescer no conhecimento certo. Dizem que a união faz a força, e a escola, sozinha, nunca vai fazer a força, se os pais não ajudarem”, enfatizou dona Selma.

Ajuda importante

Para o diretor da Escola Professora Candolina, Marinaldo Ribeiro, o colegiado escolar é um aliado da gestão. “É um reforço para a democracia. Todos os segmentos juntos ao lado do corpo diretivo. Isso ajuda a fazer a gestão”. A professora de matemática, Tânia Bispo, é a presidente do colegiado da Escola Classe I e confirma a validade do conselho. “Com o colegiado, nós sentimos a democracia na escola. Sempre nos reunimos com os pais, com os alunos, e procuramos compartilhar opiniões, conflitos e acertos. Tudo passa pelo colegiado”.

Eleições

As demais escolas da rede estadual empossaram seus colegiados no decorrer dos de março e este mês. As eleições aconteceram em novembro de 2012, com a participação dos estudantes a partir dos 12 anos de idade, pais ou responsáveis, profissionais do magistério e servidores técnico-administrativos das escolas. Os novos colegiados atuarão por dois anos (2013-2014).

Todas as escolas da rede estadual da Bahia possuem um colegiado escolar, composto por membros de quatro segmentos – professores, estudantes, funcionários e pais. O número de representantes, titulares e suplentes é proporcional ao porte da escola. Eles participam da gestão administrativa, financeira e pedagógica, promovendo o monitoramento e a avaliação para a melhoria da qualidade do ensino e da aprendizagem.

Também unidades de atendimento especial, como as que funcionam em acampamentos e prisões, constituem seus colegiados mediante adequações. De acordo com a coordenadora de Ações Participativas da Secretaria da Educação, Andréa Líger, “podem ser exceções as escolas indígenas e quilombolas que julguem ser inviável a existência do colegiado por conta de suas especificidades”.

A coordenadora enfatiza que “a constituição do colegiado é muito importante porque assegura a participação da comunidade na escola. Trata-se do principal mecanismo da gestão democrática e participativa. Orientamos, inclusive, para que a posse seja pública, ocorra na presença da comunidade, porque isso reforça o reconhecimento, fortalece a representação do colegiado”.