Pelo segundo mês consecutivo, as exportações baianas registraram negócios superiores aos do ano passado. Em maio, elas alcançaram US$ 904,2 milhões, o que superou em 1,45% igual mês de 2012. As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

Apesar do menor volume de embarques de produtos agrícolas, afetados pela seca e pela queda nos preços médios, os industrializados garantiram o desempenho positivo, com elevações nas vendas de produtos químicos e petroquímicos em 8%, papel e celulose em 3,6%, produtos metalúrgicos em 91% e o automotivo com aumento expressivo de 231%, principalmente para o mercado argentino.

As importações cresceram 9,7% em maio, atingindo US$ 768,5 milhões. Influiu no resultado a alta de 45% nas compras de derivados de petróleo (óleo bruto e nafta), do minério de cobre em 77%, causado pela normalização da produção da Paranapanema e alta da importação de veículos de carga e fertilizantes para atender ao setor agroindustrial.

No acumulado do ano, até maio, as exportações baianas alcançaram US$ 3,92 bilhões, uma redução de 7% em comparação a igual período do ano anterior. Esta queda registrada no ano deve-se basicamente à redução nas vendas de derivados de petróleo em 41,3%, motivada pelo aumento do consumo doméstico e à queda na produção e nos preços, além da crise externa que ainda cerca o ambiente dos negócios internacionais, reduzindo o volume de vendas e os preços das commodities.

Os principais mercados de destinos para os produtos baianos permanecem com desempenho negativo, a exemplo da União Europeia (-19,2%), EUA (-8,6%) e Mercosul (-7,2%). A exceção é a Ásia, que, puxada pela China, acusa crescimento de 32% no ano.

Mesmo com quedas similares nos dois sentidos do intercâmbio de mercadorias, a balança comercial da Bahia fechou os cinco primeiros meses deste ano com um superávit de US$ 615,6 milhões, resultado 26,3% inferior ao mesmo período do ano passado.