O programa estadual Trilha já qualificou 69.120 jovens baianos para o mercado de trabalho. O estudante Iago Santos, 17 anos, é um dos beneficiados e participa do curso de suporte ao uso de informática, por meio do projeto Semente de Ciência, da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes). “Está sendo muito prazeroso ter essa oportunidade”.

Com o objetivo de aprimorar essas ações, começou nesta quinta-feira (13), no Hotel Sol Barra (Porto da Barra), em Salvador, o seminário de avaliação do Trilha. O evento é uma realização da Secretaria de Relações Institucionais (Serin), por intermédio da Coordenação Estadual de Políticas de Juventude (Cojuve), e do Conselho Estadual de Juventude (Cejuve), em parceria com outras secretarias que integram o comitê gestor do programa.

O secretário Cézar Lisboa (Serin) apresentou, na ocasião, o contexto em que o Trilha está inserido, apontando os principais vetores de desenvolvimento da Bahia como a criação de novas universidades e obras de mobilidade urbana. “Que este programa possa se transformar numa política permanente de Estado na linha da qualificação profissional da juventude baiana”.

O seminário, que termina nesta sexta (14), tem o objetivo de criar elementos para fortalecer o Cejuve na concepção e análise do programa a partir da participação ampliada da juventude de forma direta e indireta neste processo. O decreto de criação do Trilha indica que o controle social do programa será exercido pelo Conselho.

“O seminário cumpre o papel de controle social, de avaliar o programa Trilha, pensar a perspectiva de futuro, como nós podemos ampliar e chegar em mais lugares, suprindo a necessidade de mais jovens no interior ou na capital”, afirmou a presidente do Cejuve, Michelle Vieira.

A cerimônia de abertura também teve a presença dos secretários estaduais da Cultura, Albino Rubim, que anunciou a criação de novos cursos e ampliação de vagas e de cidades atendidas, e da Sedes, Moema Gramacho, além da chefe de gabinete do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte (Setre), Olívia Santana, e das representantes das secretarias da Agricultura (Seagri), Maria Auxiliadora Lobo, e da Educação, Cristina Kavalkievifz. Participam ainda professores, conselheiros e gestores de juventude, além de jovens beneficiados pelo programa.

Ações integradas

O Trilha foi lançado em 2008 e envolve ações integradas de trabalho, agricultura, desenvolvimento social e educação. Entre os cursos oferecidos estão corte e costura, manutenção de microcomputadores e eletricista industrial. Podem participar jovens com idade entre 16 e 29 anos, residentes na zona urbana ou rural do estado e pertencentes à família cadastrada no programa Bolsa Família do governo federal.

Para o coordenador estadual de Políticas de Juventude (Cojuve), Vladimir Costa, o Governo do Estado tem se caracterizado pela gestão democrática. “Temos uma marca disso quando o governo convoca a juventude da Bahia, representada pelo Conselho Estadual de Juventude, para fazer uma avaliação do programa Trilha. Esperamos, com a contribuição dos jovens, que a gente consiga ampliar as ações do programa, identificar os possíveis gargalos e solucioná-los para as próximas execuções”.