Com apenas duas gotinhas, a pequena Ágata Silva, de apenas seis meses, se protegeu da paralisia infantil. Ela foi a primeira criança a ser vacinada no posto de saúde de Alto do Cabrito, no Subúrbio de Salvador, onde foi lançada neste sábado (8), a campanha Dia D de Vacinação contra a Poliomielite, com a presença do secretário estadual da Saúde, Jorge Solla, e o prefeito de Salvador, Antonio Carlos Magalhães Neto.

“Proteger a criança contra as doenças é muito importante. Faço questão de manter a carteira de vacinação da filha em dia. A poliomielite é muito grave, por isso, não podemos vacilar”, afirmou a manicure Claudia Romano da Silva, 24 anos, mãe de Ágata.

De acordo com o secretário Jorge Solla, funcionarão, em todo o estado, 3.600 serviços de saúde com salas de vacinação com a finalidade de imunizar 974.776 crianças de seis meses a 4 anos 11 meses e 29 dias. A campanha prosseguirá até o dia 21 de junho.

Porém, não são apenas os adultos que estão atentos à importância da vacina. Gustavo Antunes, de cinco anos, não faz parte do público-alvo da vacinação, mas deu um conselho muito importante a todas as crianças que estão com medo de se vacinar. “Vocês têm que se vacinar, senão vão ficar doentes”, aconselhou.

Infecto-contagiosa

A poliomielite é uma doença infecto-contagiosa aguda, causada por um vírus que vive no intestino, denominado Poliovírus. Embora ocorra com maior frequência em crianças menores de quatro anos, também pode ocorrer em adultos.

Cerca de 1% dos infectados pelo vírus pode desenvolver a forma paralítica da doença, que pode causar sequelas permanentes, insuficiência respiratória e, em alguns casos, levar à morte. Em geral, a paralisia se manifesta nos membros inferiores de forma assimétrica, ou seja, ocorre apenas em um dos membros. As principais características são a perda da força muscular e dos reflexos, com manutenção da sensibilidade no membro atingido.