Autores confessos do assassinato de Emanuela Falcão Sarkis, de 33 anos, herdeira de uma família tradicional baiana, Amanda da Silva Santana, 28, Cristiano Passos da Silva, 34 e Lucas de Jesus Santos, 27, foram apresentados à imprensa, na manhã de terça-feira (11), no auditório do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na Pituba, pela delegada Clelba Regina Teles, titular da 2ª Delegacia de Homicídios (DH/Central). Segundo os criminosos, Emanuela teve a morte planejada depois que Amanda descobriu a senha de sua conta bancária e furtou cerca de R$ 6 mil, entre saques e compras.

Assassinada no dia 19 de maio, Emanuela Sarkis, teve o corpo encontrado desfigurado no Beco do Cadeirudo, uma transversal da Avenida Ulisses Guimarães, no bairro Sussuarana. Os autores do crime foram presos na segunda-feira (10), em diferentes bairros de Salvador, durante a “Operação Acauã”. As investigações indicam que Amanda e Emanuela se conheceram em um posto de saúde no bairro do Barbalho, e a partir de então estabeleceram uma relação de amizade.

A situação financeira privilegiada de Emanuela, a qual recebia uma pensão e tinha dois imóveis alugados em bairros nobres da cidade, despertou a cobiça de Amanda, que encomendou a morte da amiga, dependente de álcool, para se apropriar do dinheiro, mantido em conta bancária. Lucas, pai dos filhos de Amanda, executou o crime, tendo como cúmplice Cristiano Passos, que recebeu R$ 1.500, sacados da conta da própria vítima.

Soda cáustica

A delegada Clelba Regina apurou que depois de permanecer três dias consumindo bebida alcoólica na casa de Amanda, no bairro do Pero Vaz, Emanuela foi dali retirada por Cristiano e Lucas, na madrugada do dia 19 de maio, e seguiram em um taxi até a localidade conhecida como Curva da Morte, em Sussuarana. Desconfiado, o taxista desistiu da corrida e pediu que o trio saísse do veículo.

Cristiano confessou ter aplicado uma “gravata” e chutado a vítima, que teve o rosto desfigurado pela soda cáustica, jogada por Lucas sobre o seu corpo. Segundo o laudo pericial, Emanuela morreu por asfixia. O pescoço dela apresentava um corte provocado por lâmina de barbear. Depois do crime, os homicidas foram até um bar, próximo à Estação Pirajá, onde consumiram álcool até amanhecer. Emanuela Sarkis deixou um filho de um ano e 11 meses, que segundo informou Amanda, seria batizado por ela.