Empresários do ramo de revenda de combustíveis, acusados de sonegar R$ 380 milhões em impostos, foram alvos de uma operação conjunta da Secretaria da Segurança Pública (SSP), por meio da Delegacia de Crimes Econômicos e Contra a Administração Pública (Dececap), Secretaria da Fazenda (Sefaz) e Ministério Público (MP), deflagrada na manhã desta quinta-feira (13) na capital e no interior do estado, além de Minas Gerais e Paraná.

Os policiais civis cumpriram mandados de prisão e de busca e apreensão em Salvador, Lauro de Freitas, Feira de Santana e Itabuna. A ‘Operação Etanol’ se estendeu ainda aos municípios de Nanuque (MG), e Araucária e Ibiporá (PR), estados de origem de alguns desses sonegadores.

O empresário Mário Sérgio da Silva Barbosa, 47 anos, foi preso em seu apartamento, em Alphaville, na Avenida Paralela. Ele é proprietário da Maxxi Distribuidora e Fix Distribuidora de Petróleo Ltda., localizadas em Humildes, na região de Feira de Santana, e também da Petróleo do Valle Ltda., com sede em Lauro de Freitas. No mesmo condomínio a polícia prendeu o contador do grupo, Helmo Bastos Santos, 58.

A organização criminosa fraudava a venda e distribuição de etanol e era investigada há três anos. De acordo com a delegada titular da Dececap, delegada Débora Freitas Mendes, os envolvidos no esquema foram indiciados por sonegação fiscal, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro e serão encaminhados à carceragem do Complexo Policial dos Barris.

Os empresários Marcelo Silva Rocha, Erick Cordeiro de Oliveira, Laércio Barbosa Neto, Nivaldo Juberto Lombardo e Jefferson Luiz Zeng, que também participavam da fraude, não foram localizados e são procurados pela polícia.

Empresas

Os mandados de busca e apreensão foram cumpridos na Petróleo do Valle Ltda, Factore Serviço de Financiamento Ltda., Petronor Nordeste Armazenadora e Distribuidora Ltda., Fix Distribuidora de Petróleo Ltda., Contato Distribuidora de Petróleo, Tim Distribuidora Ltda., Maxxi Distribuidora, e na HB Contabilidade. Nestes locais, os policiais apreenderam documentos fiscais, pendrives e computares que serão analisados pelos técnicos da Sefaz.

Além das equipes da Sefaz e do MP, a operação envolveu 42 policiais civis, entre delegados, investigadores e escrivães, da capital e interior. “Ao reunirmos essa documentação, obtemos as provas para que possamos buscar a recuperação do dinheiro perdido com a sonegação”, afirmou a delegada.