Ao lançar, nesta quinta-feira (4), no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador, o Plano Safra Semiárido, a presidente Dilma Rousseff anunciou o reajuste do preço mínimo do quilo do sisal de R$ 1,24 para R$ 1,41 e a inclusão do cacau na Política de Garantia de Preço Mínimo da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), com o valor de R$ 75,00 a arroba.

O secretário estadual da Agricultura, Eduardo Salles, afirmou que com a inclusão do cacau na política de preço mínimo, os produtores poderão se planejar para o futuro. Segundo ele, a inclusão estava descartada pelo Ministério da Fazenda, em função das dificuldades econômicas, mas a intervenção do governador Jaques Wagner junto à presidente e ao ministro Guido Mantega foi decisiva.

A inclusão do cacau na política de preço mínimo atende a um dos pleitos dos produtores apresentados ao Ministério da Agricultura há quase três meses, quando o Salles e representantes da Associação de Produtores de Cacau (APC), Instituto Pensar Cacau (IPC), Federação da Agricultura do Estado da Bahia (Faeb), Sindicatos e do território de identidade estiveram em Brasília discutindo alternativas.

“A cacauicultura brasileira caminha para a recuperação e para voltar a ser autossuficiente”, afirma Guilherme Moura, vice-presidente da Faeb, considerando a inclusão do cacau uma grande vitória do setor e “a garantia de renda para o cacauicultor continuar produzindo”.

Estímulo para a produção do sisal

“Essa decisão representa grande estímulo para a produção do sisal, que sofre com a seca, e vai fazer com que produtores que não estavam plantando nem colhendo o que sobrou voltem à atividade”, disse o coordenador da Sub-câmara do Sisal, Enaldo Boaventura, sobre o reajuste do preço mínimo. O presidente da Associação de Produtores de Sisal da Bahia, Misael Ferreira, analisa que o novo preço mínimo vai significar ganho real e ajudar a compor o custo de produção.

Para o secretário Eduardo Salles, o aumento do valor do preço mínimo é mais um passo fundamental e importante entre as ações que o governo baiano, através das secretarias da Agricultura (Seagri) e de Ciência e Tecnologia (Secti), está desenvolvendo para revitalizar a cultura do sisal, que envolve milhares de agricultores familiares no semiárido baiano.