Mais de 200 mil pessoas serão beneficiadas diretamente com a segunda etapa do projeto Circuitos Arqueológicos, iniciada nesta quarta-feira (24), em Morro do Chapéu, na Chapada Diamantina. O número representa a soma das populações dos 12 municípios atendidos pela iniciativa do Governo do Estado, por meio da Secretaria de Cultura (Secult) e o Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac), em convênio com a Universidade Federal da Bahia (Ufba).

O projeto conta também com a parceria das prefeituras locais – Andaraí, Boninal, Ibicoara, Mucugê, Piatã, Utinga, Morro do Chapéu, Iraquara, Lençóis, Palmeiras, Seabra e Wagner.

No evento, que termina nesta quinta (25), além dos gestores e representantes das prefeituras, participam professores e pesquisadores da Ufba, técnicos e dirigentes estaduais, representantes das secretarias estaduais do Meio Ambiente (Sema), Turismo (Setur), Planejamento (Seplan) e Cultura (Secult), da sociedade civil e empresários da região.

Na primeira etapa, foram realizadas mobilizações, oficinas e cursos em seis municípios, sensibilizando 1,8 mil pessoas e conseguindo 450 multiplicadores, como informa o diretor geral do Ipac, Frederico Mendonça.

Na segunda, a iniciativa avança com os participantes e as prováveis parcerias público-privadas. Até final de 2014, com o projeto implantado, os municípios terão benefícios diretos com o incremento do turismo cultural, o que vai propiciar o desenvolvimento sustentável da região e a melhoria efetiva da qualidade de vida das populações residentes, que totalizam mais de 200 mil pessoas.

Sítios mapeados

O projeto da Secult/Ipac/Ufba também já mapeou 67 sítios de pinturas rupestres na Chapada e promoveu 43 oficinas, resultando em nove roteiros de visitação e nove exposições em vários municípios da região. “Nesta segunda etapa, agregamos mais seis municípios, além dos seis anteriores. Vamos promover escavações nos sítios arqueológicos e novas ações de educação patrimonial”, afirma Mendonça.

Ainda na primeira etapa, foram realizados Seminário Internacional de Arte Rupestre, com estudiosos franceses e a renomada arqueóloga Niéde Guidon, o 5º Seminário de Arte Rupestre e a 3ª Reunião da Associação Brasileira de Arte Rupestre. Em 2011, aconteceu a exposição Circuitos Arqueológicos em Salvador, no Centro Cultural Solar Ferrão, no Pelourinho.

Desenvolvimento sustentável

O projeto começou em 2010 e propõe ações de Turismo Cultural e Desenvolvimento Sustentável para municípios da região central da Bahia, onde paisagem foi formada há milhões de anos. Além dos bens paisagísticos e naturais, a Chapada detém importante acervo arquitetônico-urbanístico dos séculos 18, 19 e 20. A proposta é preservar e promover os bens culturais, materiais e imateriais e arqueológicos existentes, articulando os poderes públicos, instituições culturais e acadêmicas, e a sociedade.

Nesta quarta acontece a apresentação do 1° Geoparque da Bahia e lançamento do livro ‘Chapada Diamantina’, de Rui Resende. Na quinta, será realizada uma mesa redonda, com o tema `Preservando e promovendo o patrimônio cultural de Morro’, onde participa a restauradora da Fundação de Arte de Ouro Preto (MG), Niéde Guidon.

Outros dados sobre o ‘Projeto Circuitos Arqueológicos da Chapada Diamantina são fornecidos na Coordenação de Articulação e Difusão (Coad) do Ipac via telefone (71) 3116-6945, o e-mail coad.ipac@ipac.ba.gov.br e site do Ipac.