O atendimento no Arquivo Público do Estado da Bahia será suspenso nesta quinta-feira (18) para realização de testes do novo sistema elétrico em implantação no Solar da Quinta do Tanque, localizado na Baixa de Quintas. No dia seguinte, volta à normalidade, das 8h30 às 17h30, com serviços de consulta, reprodução de documentos e emissão de certidões.

A ação integra uma série de intervenções, com investimentos em torno de R$ 2 milhões, com o propósito de assegurar a modernização da preservação e do acesso ao patrimônio documental. Essa é a primeira reforma do imóvel, desde 1980, quando o Arquivo Público foi transferido da Rua Carlos Gomes para a Baixa de Quintas.

Trata-se de uma construção secular, erguida pelos jesuítas no século 16 e tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 1949. A primeira etapa da reforma, em fase de finalização, envolve a requalificação do sistema elétrico, rede lógica e telefones, com recursos estaduais de R$ 843 mil e previsão de conclusão no final deste mês.

O trabalho no sistema elétrico e lógico abrange a troca de cabeamento, quadros de disjuntores, luminárias (internas e externas), tomadas e a construção de uma subestação elétrica, com nova tecnologia não poluente. Após a conclusão da primeira etapa, sob responsabilidade da Superintendência de Construções Administrativas da Bahia (Sucab), os equipamentos elétricos do andar térreo funcionarão normalmente, como máquinas de digitalização e microfilmagem, além de possibilitar mais conforto na sala de consulta.

As próximas etapas são o restauro do forro e telhado, orçado em cerca de R$ 1 milhão, recurso já assegurado pela Fundação Pedro Calmon, unidade da Secretaria de Cultura (Secult), e a requalificação da estrutura física, que terá projeto construído pelo Iphan.

Prioridade

O Arquivo Público é considerado pelo Arquivo Nacional a segunda mais importante instituição arquivística pública do país, por custodiar documentos produzidos e acumulados no período colonial, quando a cidade de Salvador atuou como capital do Brasil (1549-1763). A reforma vem sendo acompanhada de perto por técnicos do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (Ipac) e tem sido uma ação prioritária da Secult e da Casa Civil do Governo da Bahia.