O palco do Espaço Xisto Bahia nos Barris, em Salvador, vai receber nas noites de 16 e 23 deste mês, às 20h, a mostra coreográfica de formatura da 23ª turma do curso de educação profissional técnico de nível médio em Dança, oferecido pela Escola de Dança da Fundação Cultural do Estado (Funceb), unidade do Centro de Formação em Artes (CFA) da Fundação, que é vinculada à Secretaria de Cultura (Secult).

Cada um dos 13 novos artistas apresentará o trabalho de conclusão de curso, em forma de concepção e realização de coreografias, em sessões abertas ao público, com entrada gratuita. “Tenho tido enorme prazer, nestes anos, em presenciar e acompanhar a chegada de jovens, cheios de desejo e determinação, em busca do acesso à qualificação profissional”, afirma a diretora da Escola, Beth Rangel.

Habilitação

Com duração de dois anos e meio, o curso é reconhecido pelo Ministério da Educação (MEC) e forma profissionais habilitados a realizar ações e projetos artístico-educativos como agentes multiplicadores, intérpretes (bailarinos) e criadores (coreógrafos).

Trabalha na formação técnica, por meio do desenvolvimento de habilidades básicas e específicas, nas dimensões técnico-criativas, cognitivas e produtivas da linguagem da dança. No percurso, os estudantes têm acesso a uma gama de informações e experiências, perpassando os diferentes modos de estudar dança e desvendando técnicas de movimento como a capoeira, a dança moderna, o balé clássico, as danças afro e populares, além de diferentes proposições em técnicas contemporâneas.

Em articulação com estes conteúdos técnicos, os alunos desenvolvem também reflexões sobre a dança, a educação e o corpo, culminando com as experimentações artísticas e configurações coreográficas a partir dos laboratórios de criação. Há ainda práticas envolvendo interfaces com tecnologias, a exemplo do vídeo e da fotografia, e a transversalidade com outras linguagens artísticas.

Educação e trabalho

Em 2009, o currículo do curso foi revisado e aprovado pelo Conselho Estadual de Educação (CEE) e Secretaria da Educação da Bahia, passando a seguir referenciais contemporâneos da educação e da dança. Também a partir de um diálogo com a Superintendência da Educação Profissional (Suprof), o curso vem consolidando a relação entre educação e trabalho, ampliando o olhar e o compromisso com a formação e a qualificação do jovem na perspectiva do acesso, ocupação e geração de renda no mercado profissional e na sociedade.

Nesta perspectiva, todo o trajeto percorrido pelos alunos é, desde o segundo semestre de aulas, subsidiado por etapas de estágios nas quais os futuros profissionais têm a possibilidade de vivenciar experiências na condição de criadores, intérpretes e multiplicadores, observando ainda a dinâmica de gestão e produção cultural na atualidade.

Todo este investimento se reflete também no ingresso dos profissionais na universidade, em especial nos cursos de dança e bacharelado interdisciplinar da Universidade Federal da Bahia (Ufba). Outros partem para o fazer artístico como bailarinos ou coreógrafos, participando de grupos e montagens de dança. Existe ainda uma grande incidência desses jovens artistas participando – e sendo selecionados – com propostas de dança em editais de fomento estaduais e nacionais.

Coreografias

Dia 16
‘Wolf’ (Luiz Lopes)
‘Dois pra Um’ (João Rafael)
‘Cheia de Graça’ (Judite Quaresma)
‘O Máximo em Mim’ (Ana Brito)
‘Num Guento Ouvir’ (Mariana Freitas)
‘Sem Regras’ (Jessica Lima)
‘Vestir os Nus’ (Diogo Clow)

Dia 23
‘Em Ritmo de Salsa’ (Raicley Reis)
‘Viniciando em Si’ (Cristtian Lacerda)
‘Ímã’ (Nana Monteiro)
‘Coágulo do que Sempre Foi’ (Sulivan Costa)
‘Quero Dizer Que…’ (Dijma d’Arc)
‘Deus no seu Coração e o Diabo no Quadril’ (Thiago Mascarenhas)