Costureiras, vendedores ambulantes e manicures, formalizados como pequenos empreendedores individuais ou organizados em associações e cooperativas dos municípios de Salvador, Lauro de Freitas, Camaçari e Dias d’Ávila, receberam nesta segunda-feira (15) 1.392 equipamentos para geração de trabalho e renda. 

O termo de cessão assinado pelo governador Jaques Wagner em solenidade no Centro de Convenções da Bahia, em Salvador, disponibiliza, por meio do programa Vida Melhor, dirigido pela Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza (Sedes), cozinhas industriais, kits manicure e de costura e carrinhos de churrasco e de cachorro-quente, entre outros.

Os 20 trabalhadores da Cooperativa Múltipla de Fontes de Engomadeira, em Salvador, pretendem elevar de um para até quatro salários mínimos a renda familiar. “Precisamos apresentar toda a documentação em dia. Já produzimos em uma pequena panificadora e agora vamos ampliar nosso trabalho, fornecendo quentinhas para empresas da construção civil e atendendo bufês”, afirmou a conselheira administrativa da entidade, Janice Vieira.

A manicure Claudete Santos, moradora do Nordeste de Amaralina, está recebendo um kit manicure, com alicates, esmaltes, banco e, o que ela diz ser o equipamento principal, a estufa de esterilização do material. “Custa cerca de R$ 400 um novo. Uso um emprestado, que vou devolver. É importante, porque é o cuidado com a saúde dos meus clientes, que atendo na minha casa ou nas casas deles”.

De acordo com Wagner, o Estado continua investindo para dar ocupação com geração de renda para as pessoas. “Ao lado de 530 mil novos empregos ao longo de seis anos e meio de governo, estamos ajudando as pessoas, no interior e na capital, a organizarem o seu próprio negócio, por meio do microcrédito aliado à qualificação, em parceria com o Sebrae, e doando equipamentos como os entregues hoje, em um investimento de quase R$ 1,6 milhão. Ao ofício que as pessoas têm, agregamos valor para que elas possam produzir e ter uma renda melhor”. 

A secretária de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, Moema Gramacho, explicou que o Vida Melhor está fortalecendo o pequeno empreendedor informal, para que ele possa ser formalizado. “A ideia é que as pessoas que exercem um trabalho de maneira precária possam ter condições de se transformar em empreendedores individuais, formando uma rede”.

Segundo Moema, há hoje na Bahia cinco unidades de inclusão socioprodutiva, na Região Metropolitana de Salvador (RMS), que serão expandidas para o interior. “Nessas unidades, temos os agentes de desenvolvimento, e cada um deles cuida de 60 empreendedores, fazendo a orientação para que se qualifiquem pelo Sebrae, e, se precisar de recursos para o desenvolvimento do negócio, eles terão microcrédito ou serão orientados a criar fundos rotativos”.

Programa atende 7.600 empreendimentos por ano

Atuando com cinco unidades-piloto de inclusão – três em Salvador, uma em Feira de Santana e outra em Lauro de Freitas e Camaçari –, o Vida Melhor Urbano atende 7.600 empreendimentos por ano. Em 2012, assistiu 9.634 empreendedores cadastrados, selecionando 3.508 para receber equipamentos individuais.

Além disso, promoveu 24 cursos de conteúdos diversos, movimentou cerca de R$ 300 mil em microcrédito com o Banco do Nordeste, a Caixa Econômica Federal, a Desenbahia e cooperativas de crédito, e dirigiu ações específicas para os povos e comunidades tradicionais na capital baiana e RMS.