As exportações baianas voltaram a reduzir o ritmo no último mês de junho, com queda de 14,3% em relação a maio, o que levou o montante do semestre a alcançar US$ 4,7 bilhões, o equivalente a uma redução de 8,6% em relação a igual período de 2012. De acordo com a avaliação do desempenho negativo no período, as vendas externas se ressentiram da redução do embarque de derivados de petróleo, principalmente no primeiro trimestre deste ano.

Entre os setores que registraram crescimento das exportações no período, o maior destaque é o segmento automotivo, que cresceu 45% estimulado pelo aumento da demanda dos argentinos, e o setor metalúrgico, com aumento de 40,4%, ditado pela normalização da produção de catodos de cobre. As exportações baianas representaram 4,1% das exportações brasileiras e expressivos 61% das exportações do Nordeste.

As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan). Para o coordenador de Comércio Exterior da SEI, Arthur Cruz, o comportamento do setor ‘petróleos e derivados’ é fundamental para explicar a queda das exportações baianas neste ano, em relação a 2012.

Segundo ele, se o segmento fosse retirado da base de comparação, para os dois anos, este ano as exportações alcançariam praticamente o mesmo volume do ano passado (US$ 4,1 bilhões), “o que seria razoável para 2013, marcado ainda pela debilidade dos mercados desenvolvidos”. Também influenciaram no desempenho negativo do semestre a queda nos preços das commodities, e entre outros, o menor volume de embarques de produtos agrícolas afetados pela seca.