Cinco projetos idealizados por estudantes e professores da rede estadual de Educação Profissional da Bahia vão ser referência no I Seminário Nacional de Educação em Agroecologia-Construindo Princípios e Diretrizes, que acontece desta quarta-feira (3) até a próxima a sexta-feira em Recife. 

As iniciativas do curso técnico em agroecologia dos centros estaduais e territoriais de educação profissional foram selecionadas como exemplos bem-sucedidos para contribuir com a educação agroecológica no Brasil.

Os projetos apresentam os limites e avanços dos cursos técnicos em agroecologia na Bahia, estado que tem a maior população rural do Brasil, maior número de pessoas vivendo da agricultura familiar e o maior número de cursos de agroecologia do país.

Métodos pedagógicos

As pesquisas que serão apresentadas em Pernambuco mostram a relevância de métodos pedagógicos, como as ações de intervenção social e a realização de projetos na formação curricular dos estudantes. Os relatos foram desenvolvidos pelos alunos sob orientação dos professores, e também por docentes apresentando as experiências dos estudantes.

Entre os centros que irão representar a Bahia, estão o Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep) Recôncavo II Alberto Torres, em Cruz das Almas, o Cetep Piemonte da Diamantina, do município de Wagner, o Centro Estadual de Educação Profissional (Ceep) do Campo Milton Santos (Assentamento Terra Vista, no município de Arataca) e Cetep Sertão Produtivo, em Caetité. 

Segundo a diretora do Cetep Sertão Produtivo, Rosany Kátia, os desafios levam à consolidação e reconhecimento do trabalho que vem sendo realizado no curso de agroecologia e em toda rede estadual. “Superamos a cada dia os obstáculos, que vão desde a absorção real do conceito agroecológico até o reconhecimento desta nova formação pela sociedade”.

Para o professor Augusto Araújo Santos, coordenador do curso técnico em agroecologia do Ceep do Campo Milton Santos, as experiências exitosas fortalecem o trabalho realizado pela Educação Profissional no estado e proporcionam o seu reconhecimento no país. “Graças à parceira entre o Centro e o assentamento, estamos produzindo cacau de qualidade, agregando valor ao produto e alcançando novos mercados nacionais e internacionais”. Além disso, ele enfatiza o contato com a prática para o enriquecimento da formação dos estudantes.

Orientadora do projeto das estudantes Letícia Fiúza e Tailane Silva de Oliveira, do Cetep Recôncavo II Alberto Torres, a professora Ana Rita Silva diz que as experiências são fundamentais para o processo de formação dos alunos, que desenvolvem a percepção crítica e passam a pensar com mais cuidado no próximo e na comunidade.