Os crimes violentos letais intencionais (CVLIs), que compreendem homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte, caíram 10,8% nos primeiros seis meses deste ano na Bahia, em relação ao mesmo período de 2012. Este registro foi destacado na manhã desta quinta-feira (25), na Assembleia Legislativa, quando foi apresentado pelo secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, o balanço do primeiro semestre dos principais índices de criminalidade no estado. 

Segundo o balanço, a Região Metropolitana de Salvador (RMS), onde ficam, entre outras, as cidades de Simões Filho, Camaçari e Lauro de Freitas, foi a que apresentou a maior redução desses crimes, com 20,5%. Foram 469 casos em 2012, contra 373 neste ano. Em Salvador, a queda foi de 10,3%. Foram contabilizados 864 crimes em 2012, contra 775 neste ano. A maior redução na capital baiana aconteceu nas regiões da Boca do Rio, Centro Industrial de Aratu (CIA) e Pau da Lima.

No interior, os CVLIs tiveram queda de 8,6%. Foram 1.891 no primeiro semestre de 2012, contra 1.728 no mesmo período deste ano. Cidades como Bom Jesus da Lapa, com redução de 58%, Juazeiro, com 45%, e Itabuna, com 20%, foram os destaques.

Maurício Barbosa afirmou que esses resultados são fruto de um esforço conjunto que vem sendo feito desde a criação do programa Pacto pela Vida, com a preservação de 348 vidas nesse primeiro semestre. “A Secretaria da Segurança Pública e outras secretarias estaduais, Justiça, Legislativo, Ministério Público, Defensoria Pública e Prefeitura de Salvador, além de uma série de entidades, vêm trabalhando e contribuindo para a obtenção desses resultados, e vamos continuar dessa forma”. 

Redução de outros tipos de crime

Na oportunidade, também foram apresentados os números de outros tipos de crime. Houve redução de 40% nos assaltos a ônibus, 12,1% nos roubos de veículos e 6,5% nos roubos a bancos. De acordo com o comandante-geral da PM, coronel Alfredo Castro, o desempenho positivo é resultado do trabalho de especialização da polícia. “O serviço policial combate um leque grande de crimes, mas em alguns casos buscamos focar as ações na repressão a determinado tipo, com a criação de grupos especiais e forças-tarefa, e isso tem trazido bons resultados”.

Já o delegado-geral da Polícia Civil, Hélio Jorge, ressaltou o empenho no trabalho de investigação, que desbaratou quadrilhas e prendeu financiadores do crime, como receptadores de veículos roubados. Ele destacou ainda a filosofia de trabalho conjunto implantada pelo Pacto pela Vida.

“O programa integra todas as forças e faz com que elas falem a mesma língua dentro de uma política de segurança pública do Estado. Ao mesmo tempo, insere outras secretarias e outros órgãos para que possam nos apoiar, porque não são as ações de polícia apenas que vão resolver o problema, mas várias outras ações que podem ser apoiadas pela saúde, pela educação, pela cultura, pelo desenvolvimento social como um todo”, explicou Hélio Jorge.

Publicada às 9h15
Atualizada às 13h05