A taxa de desemprego total da Região Metropolitana de Salvador (RMS) diminuiu de 19,7% da População Economicamente Ativa (PEA) para 19,1% entre maio e junho deste ano. O número de desempregados em junho foi estimado em 348 mil pessoas, 14 mil a menos que no mês anterior. A saída de pessoas do mercado de trabalho, em torno de 13 mil, foi o que motivou esse resultado.

Os dados são da Pesquisa de Emprego e Desemprego da Região Metropolitana de Salvador (PED-RMS), divulgados nesta terça-feira (31) pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese).

Neste período, a taxa de participação (indicador que estabelece a proporção de pessoas com 10 anos ou mais presentes no mercado de trabalho como ocupadas ou desempregadas), caiu de 58,8% para 58,3%. O total de postos de trabalho permaneceu relativamente estável, com um acréscimo de 0,1%, passando a 1.474 mil pessoas o total de ocupados.

Segundo análise dos principais setores de atividade econômica, os setores de serviços e indústria de transformação apresentaram desempenhos positivos – 13 mil ou 1,5% e 9 mil ou 7,4%, respectivamente. Houve perda de postos de trabalho nos setores do comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (14 mil ou 4,9%) e na construção (cinco mil ou 3,5%).

De acordo com o tipo de inserção ocupacional, o contingente de trabalhadores assalariados diminuiu em relação ao mês anterior (13 mil ou 1,3%). No setor público o número de ocupados permaneceu estável (-1 mil ou 0,7%), porém, no setor privado houve redução (11 mil ou 1,3%).

Neste último, verificou-se o declínio no contingente de trabalhadores com carteira assinada (11 mil ou 1,5%) e também no grupo dos sem carteira assinada não houve variação. Foi registrado aumento no número de trabalhadores domésticos (cinco mil ou 4,2%) e no de autônomos (12 mil ou 4,1%). O setor outras posições ocupacionais, que inclui empregadores, trabalhadores familiares e donos de negócios familiares, apresentou declínio (3 mil ou 6,0%).

Em maio, o rendimento médio real se manteve estável para os ocupados (0,2%) e os assalariados (0,1%). Com estes resultados, os valores médios reais foram estimados em R$ 1.091 a R$ 1.197, respectivamente. Neste mesmo período, a massa de rendimento médio real apresentou relativa estabilidade entre os ocupados (0,5%) e entre assalariados (0,2%), nos dois casos, devido a movimentos relativamente estáveis tanto do nível ocupacional quanto do rendimento médio mensal.