A venda de uma plataforma de exploração e perfuração de petróleo para os Países Baixos por US$ 380,5 milhões – a segunda efetuada pelo Consórcio Rio Paraguaçu à Petrobras – beneficiou as exportações baianas, que em julho deste ano bateram recorde histórico e alcançaram US$ 1,35 bilhão, 24,8% acima comparado ao mesmo mês de 2012 e 75% superior a junho último. 

As vendas externas em julho ainda foram beneficiadas pelo aumento de 439% nos embarques do setor automotivo, principalmente para a Argentina, responsável por quatro de cada cinco veículos exportados pela Bahia. As informações são da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

A demanda em alta nos tradicionais mercados consumidores da indústria automobilística baiana (Argentina, México, Colômbia, Venezuela), juntamente com a situação mais favorável no câmbio, abriu espaço para uma inesperada reação das exportações de veículos neste ano. No acumulado até julho, os embarques do setor automotivo subiram 73% e as receitas 62%, melhor desempenho da pauta no período.

No ano, as exportações baianas ainda se ressentem da redução dos embarques de derivados de petróleo em 40%, resultado de produção menor e do aumento do consumo doméstico, da fraca demanda dos países desenvolvidos afetados pela crise e da desaceleração da economia chinesa com a consequente retração nos preços das commodities. Até julho elas alcançaram US$ 6 bilhões, com queda de 2,8%.

Importações

Em julho, as importações atingiram US$ 661 milhões, 15% superior a julho/2012. Bens de capital, veículos, nafta e fertilizantes foram os setores que mais cresceram no mês. No acumulado do ano, alcançaram US$ 4,7 bilhões, o que supera em 5% igual período do ano passado.

Os bens intermediários (insumos e matérias-primas) continuam a liderar as importações por meio de dois importantes itens – o sulfeto de minério de cobre, com incremento de 77,5%, e o trigo, com aumento de 36,5%. “É normal que a importação continue elevada, já que a maior parte das compras baianas é de bens necessários para a matriz de produção do parque industrial local, que responde, por sua vez, ao crescimento da atividade econômica”, explica o coordenador de Comércio Exterior da SEI, Arthur Cruz.

Com os resultados apurados em julho, o saldo da balança comercial baiana no ano atingiu US$ 1,31 bilhão, inferior 23,1% a igual período do ano anterior. Já a corrente de comércio (soma de exportações e importações) chegou a US$ 10,8 bilhões, 0,45% acima de janeiro/julho de 2012.