A Secretaria do Meio Ambiente do Estado (Sema) realiza desta segunda a sexta-feira (26 a 30), no Hotel Sol Plaza, no bairro de Armação, em Salvador, a segunda oficina que integra a construção da Lista Estadual de Espécies Ameaçadas de Extinção. Desta vez, especialistas e técnicos da secretaria e do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos irão avaliar o estado de conservação de cerca de 400 espécies de aves que existem na Bahia.

Os trabalhos seguem a metodologia estabelecida pela União Internacional de Conservação da Natureza (IUCN), organização responsável pela elaboração da lista global de espécies ameaçadas. De acordo com a coordenadora da Diretoria de Estudos e Pesquisas Ambientais (Dipea) da Sema, Cristiana Vieira, a lista terá a função de orientar programas e planos de ação para conservação e recuperação da fauna e flora no estado.

A lista será utilizada, por exemplo, na definição de áreas prioritárias para a biodiversidade e implantação de unidades de conservação. “Servirá também para dar suporte ao licenciamento, bem como na aplicação e orientação de financiamentos a pesquisas científicas”, explica Cristiana.

Segundo ela, nas oficinas é avaliado o estado de conservação das espécies segundo critérios e categorias da IUCN. A partir desse trabalho, elas recebem uma classificação, de acordo com seu grau de ameaça. Nas doze oficinas previstas serão avaliadas, em cada uma, em média, 200 espécies de cada grupo taxonômico.

Na primeira oficina, realizada entre os dias 17 a 21 de junho último, foram estudadas 189 espécies de anfíbios e 141 de repteis. Um encontro será realizado para a validação e saber se a aplicação dos critérios condiz com as informações técnicas.

Ações estruturantes

A Lista de Espécies Ameaçadas faz parte de um conjunto de ações estruturantes da gestão ambiental, que dará suporte para a decisão e o controle ambiental. O documento terá papel importante no processo de licenciamento ambiental e também subsidiará a definição de áreas prioritárias para conservação, servindo como uma base de informação para a política de biodiversidade e de unidades de conservação.

A elaboração da lista conta com o apoio do Fundo Estadual de Recursos para o Meio Ambiente (Ferfa), Coelba, ICMBio, Universidade Estadual de Santa Cruz (Uesc) e do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. A equipe de pesquisadores que integram a coordenação envolve especialistas nos diversos grupos da fauna e flora das universidades baianas – as estaduais de Santa Cruz (Uesc), do Sudoeste (Uesb) de Feira de Santana (Uefs) e a Federal da Bahia (Ufba) – além do acompanhamento de técnicos da Sema e do Inema.