Pioneira na reprodução de bijupirá em cativeiro, a Bahia entrou em uma nova fase na pesquisa sobre a espécie – diminuir os custos de produção para piscicultores de baixa renda. O objetivo será alcançado após convênio de cooperação técnica entre a Bahia Pesca, empresa vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), a Universidade do Estado da Bahia (Uneb) e a Seta Aqüicultura, que vai promover também uma assistência técnica de qualidade para os aquicultores.

“Com a cooperação poderemos aproveitar melhor o grande potencial da costa baiana para a piscicultura marinha, atender aos pequenos e médios produtores, dinamizar a economia local através da geração de emprego e renda e contribuir para a melhoria dos indicadores sociais e econômicos locais, especialmente nas comunidades das baías de Camamu e de Todos-os-Santos”, afirma o presidente da Bahia Pesca, Cássio Peixoto.

O assessor de projetos institucionais da empresa, Eduardo Rodrigues, explica que o Estado já domina a tecnologia de reprodução do bijupirá. “Entretanto, as técnicas para cultivo de engorda, especialmente voltada para a pequena produção que permita a inserção do pequeno e médio produtor na atividade, ainda precisa ser desenvolvida no litoral da Bahia”.

Módulo de produção

Ele esclarecendo ainda que, conforme o convênio, a Bahia Pesca irá fornecer os alevinos de bijupirá necessários à execução das pesquisas, além de disponibilizar equipamentos e infraestrutura de transporte dos peixes e o laboratório do Centro de Pesquisas da Fazenda Oruabo, localizado em Santo Amaro, no Recôncavo.

Em contrapartida, os técnicos da empresa terão acesso à Unidade de Pesquisa da Seta Aquicultura em Igrapiuna, na região sul, onde são realizados os testes e validação do sistema de produção do bijupirá. A Uneb e a Seta já construíram o módulo de produção, composto por protótipos de tanques-rede e estruturas de apoio, e estão desenvolvendo a engorda juntamente com a comunidade pesqueira de Igrapiuna.