O Território de Identidade do Sertão Produtivo atraiu R$ 6,8 bilhões de investimentos privados, gerando 4,1 mil empregos, notadamente nas áreas de energia eólica, mineração e beneficiamento da produção agrícola. Para possibilitar a implantação e ampliação destes investimentos, grandes obras estruturantes estão sendo financiadas pelo poder público, como as ferrovias de Integração Oeste-Leste (Fiol) e a que liga Belo Horizonte a Juazeiro, passando por Brumado e pelo Porto de Aratu, além do plano hidroviário para o Rio São Francisco.

Esse conjunto de investimentos implicará em importante modificação da atividade econômica do Sertão Produtivo, território que engloba 19 municípios baianos. Esse cenário foi destacado pelo secretário do Planejamento da Bahia, José Sergio Gabrielli, que participou, nesta quinta-feira (1º) do Diálogos Territoriais II, realizado no município de Caetité. A iniciativa visa apresentar as ações do Estado e promover um diálogo com a sociedade organizada num processo de participação social.

“Os projetos do governo federal terão um forte impacto na região nos próximos cinco anos e vão mudar a realidade econômica”, observou Gabrielli. Ele destacou que, na quarta-feira (31), o Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) assinou a licença para a dragagem do Rio São Francisco, o que poderá viabilizar a navegação até Bom Jesus da Lapa e a integração com a Fiol.

Fiol

Gabrielli destacou que os lotes 3, 4 e 5 da Fiol cruzam o Sertão Produtivo e estão com obras em andamento. A expectativa é que a Fiol se ligue à Ferrovia de Integração Centro-Oeste (Fico). “É uma possibilidade de integrar os oceanos Atlântico e Pacífico, uma vez que a Fico vai até Rondônia, chegando ao Peru e, por outro lado, com a integração, teríamos uma saída pelo Porto Sul”.

O secretário diz ainda que já está em fase de licitação, pelo governo federal, a ferrovia que parte de Belo Horizonte (MG), rumo a Juazeiro, integrando as regiões Sudeste e Nordeste.