A II Feira de Ciências e Tecnologias Sociais da Educação Profissional da Bahia começou nesta terça-feira (3), no Centro de Convenções, e segue até quinta-feira (5). Realizada pela Secretaria da Educação do Estado, o evento é realizado paralelamente ao III Encontro de Educação Profissional da Bahia que apresentará como tema central ‘A Efetividade Social, Qualidade Pedagógica e Controle Social: o melhor para os que mais precisam’.

O evento reúne mil e quatrocentas pessoas, entre alunos, professores e gestores. Divididos entre stands, os estudantes da Educação Profissional Integrada ao Ensino Médio têm uma sala para apresentar os trabalhos que desenvolveram durante o curso. Algumas tecnologias empregadas, como uma retroescavadeira com acionamento hidráulico e eletromagnético; um sistema de fonte de energia limpa, energia eólica que abastece a maquete de uma rua e até mesmo um robô que funciona por meio de sensores.

Os experimentos podem solucionar problemas e preservar vidas, como explica o estudante do Centro Territorial de Educação Profissional (Cetep), de Paulo Afonso, Patrick Souza Cruz. “Vamos supor que haja um desabamento, com vitimas, e o espaço seja estreito para chegar ajuda, e tenha uma fresta de luz. Então o robô vai se guiar por essa luz e levar alimentos, ou água para a vítima até o resgate conseguir retirá-la. Estamos aliando o aprendizado da escola à realidade do cotidiano e ao mundo do trabalho”, disse.

Energia solar

Além de preparar o estudante para o mercado de trabalho, as experiências realizadas por eles contribuem para o desenvolvimento sustentável. Em um projeto eles fizeram um chuveiro que utiliza garrafas pet para elevar a temperatura da água, por meio de energia solar. O mesmo chuveiro também pode ter água fria. Ela fica armazenada dentro de um vaso de cerâmica. O método pode ser usado em regiões do estado com temperaturas elevadas, a exemplo do semiárido.

Outra tecnologia social apresentada pelos estudantes do Cetep Médio Rio das Contas, em Ipiaú foi a fossa séptica biodigestora, que utiliza como base três tambores de plástico, tubos, joelhos, flange, todos em PVC, e brita. “Este é um projeto de baixo custo, pode reaproveitar material que tem em casa, e vai servir, principalmente, às pessoas que não têm condições de ter um tratamento de esgoto doméstico, evitando o descarte inadequado e a contaminação do lençol freático e do solo”, informa o estudante Mateus Souza.

II Feira de Ciências e Tecnologias Sociais da Educação Profissional

Até quinta-feira devem passar pelo local cerca de cinco mil visitantes. As iniciativas, além de promover a troca de informações entre os estudantes, podem servir de modelo para projetos sociais. A feira pode ser visitada das 8h30 às 18h, com entrada franca. No local, estão expostas experiências científicas realizadas nos centros estaduais, territoriais e unidades de ensino que ofertam cursos técnicos de nível médio e de qualificação profissional.

De acordo com o superintendente de Educação Profissional da Secretaria da Educação, Almerico Lima, “os estudantes são estimulados a desenvolver projetos que façam a diferença para as comunidades no entorno da escola. Temos este ano quase o dobro de projetos inscritos, em relação ao ano passado. Daqui serão enviados dez projetos para feiras Nacionais e Internacionais, e temos projetos de nossos alunos que foram premiados, e esperamos que este incentivo melhore a vida das pessoas e dê visibilidade a Educação Profissional da Bahia”.

Um grupo de alunos do Colégio Estadual Rubem Nogueira, de Serrinha, é finalista de um prêmio nacional de trabalho voluntário. Eles fazem, de graça, manutenção de computadores em escolas públicas. “Estamos trocando experiências e isso dá uma felicidade muito grande. Vamos continuar fazendo este projeto em Serrinha, incentivando nossos colegas para manter este projeto vivo e estamos confiantes que sairemos vencedores do prêmio nacional”, garante o estudante, Weslon Silva.