Os resultados da Pesquisa Industrial Mensal, realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apontam que a produção industrial baiana (de transformação e extrativa mineral) assinalou crescimento de 6,6% em 12 meses, mantendo a trajetória ascendente iniciada em fevereiro último (2,8%).

No período de janeiro a agosto deste ano, o indicador acumulou 5,9%. Em agosto, houve variação negativa, com taxa de 8,6%, na comparação com o mês de julho, série com ajuste sazonal. Na comparação com agosto de 2012, houve redução de 0,3%. As informações foram analisadas pela Superintendência de Estudos Econômicos da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria do Planejamento (Seplan).

Nos oito meses de 2013, comparado com o mesmo período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana registrou acréscimo de 5,9%. Seis dos oito segmentos da indústria de transformação influenciaram o resultado no período, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (14,7%), metalurgia (34,4%), veículos (33,5%), celulose e papel (3,8%), produtos químicos (1,2%) e borracha e plástico (8,9%). Negativamente, figuraram os segmentos de alimentos e bebidas (-6,6%) e minerais não metálicos (-3,1%).

Série sazonal  

Na comparação julho/agosto, na série ajustada sazonalmente, a produção industrial apresentou variação negativa de 8,6%. O resultado foi a queda mais elevada nesse tipo de comparação desde abril de 2009 (-11,3%). Na comparação agosto de 2013 e agosto de 2012, a indústria apresentou decréscimo de 0,3%.

Três dos oito segmentos da indústria de transformação registraram queda. O principal impacto negativo veio de produtos químicos (-12,1%), pressionado pela paralisação de algumas unidades produtivas locais, em função do desligamento do setor elétrico ocorrido na região Nordeste no mês de agosto.

Considerando-se os produtos, ocorreu a menor fabricação de polietileno de alta densidade (pead) e sulfato de amônia, ureia e etileno não-saturado. Outras contribuições negativas foram registradas por alimentos e bebidas (-12,2%), em razão da queda na produção de cervejas e chope e refrigerantes e celulose e papel (-1,1%).

As principais contribuições positivas foram registradas por metalurgia básica (90,8%), impulsionada não só pela maior fabricação de barras, perfis e vergalhões de cobre e produtos de aço ao carbono, mas também pela baixa base de comparação, uma vez que esta atividade assinalou recuo de 37,9% em agosto de 2012. Destaque também para os acréscimos de refino de petróleo e produção de álcool (4,6%); veículos (44,4%); borracha e plástico (2,8%) e minerais não metálicos (1,9%).

 

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Infográfico:GOVBA