Pacto pela Vida forma primeira turma de técnicos de enfermagem

O programa Pacto pela Vida formou nesta quinta-feira (17) a primeira turma de técnicos de enfermagem, integrada por 24 moradores do Calabar e Alto das Pombas, bairros de Salvador atendidos pela base comunitária de segurança. Eles passaram por dois anos de curso na Escola de Formação Técnica em Saúde Professor Jorge Novis, da Secretaria de Saúde do Estado (Sesab), e estão aptos a trabalhar como auxiliares de enfermagem em unidades de saúde, que vão de postos da atenção básica a hospitais. 

A formação de técnicos de enfermagem faz parte das ações de inclusão produtiva do Pacto pela Vida e é realizada em parceria com a Sesab, por meio da Universidade Aberta do Sistema Único de Saúde Bahia (Unasus Bahia). O objetivo é levar oportunidades para moradores de bairros atendidos por bases comunitárias de segurança. 

A iniciativa também beneficia moradores do Subúrbio Ferroviário e, em breve, do Nordeste de Amaralina. De acordo com o secretário da Saúde, Jorge Solla, a profissão de técnico de enfermagem é a que tem maior número de postos de trabalho na área. Eles são essenciais para o resultado positivo da assistência prestada aos pacientes e nós esperamos que, com o conhecimento que receberam aqui na escola de formação técnica, eles deem grande contribuição ao nosso Sistema Único de Saúde [SUS].

Superação 

Para Ricardo Gramosa, formando e morador do Calabar, a chance de participar do curso foi uma oportunidade que pode mudar sua vida. Inicialmente, achamos que o Pacto pela Vida ia colocar a base comunitária e cuidar apenas da segurança, mas hoje vemos que o programa é bem maior e faz até com que a gente ganhe uma profissão. Para mim, foi uma superação e mudou minha realidade.

A coordenadora da Unasus Bahia, Telma Dantas, afirmou que, além do currículo de técnicos de enfermagem, os alunos tiveram também conteúdos que despertaram o olhar crítico sobre as questões sociais. Nós mostramos que doença ou saúde também são consequência das condições sociais em que o indivíduo está submetido. Então, eles saem daqui com uma visão profunda sobre o SUS e de que forma podem lutar e melhorar o sistema.