A balança comercial da Bahia em outubro registrou déficit de US$ 294 milhões. O resultado é o mais baixo para o mês segundo série histórica iniciada em 1980. O maior saldo negativo registrado na balança comercial baiana foi de US$ 298,2 milhões no ano de 2000. 

Já as importações passam por forte expansão, com o registro em outubro de recorde histórico – US$ 1,013 bilhão o que representa um crescimento de 39,2% sobre outubro do ano passado. No ano, as importações já alcançam US$ 7,25 bilhões e incremento de 12,6%, enquanto as exportações alcançaram US$ 8,53 bilhões e queda de 9,8%.

As exportações em outubro somaram US$ 720 milhões ante US$ 1,343 bilhão no mesmo mês de 2012, com queda de 46,4%. Mesmo abatendo o valor de uma plataforma de exploração de petróleo embarcada no ano passado e que inflou os resultados do mês, a queda é de 25,1%.

O mau desempenho nas vendas de derivados de petróleo, que tiveram queda de 48%, acrescido da redução dos embarques de produtos petroquímicos (-61%), que teve produção afetada por paradas programadas em algumas plantas para manutenção, foram determinantes para o resultado negativo. 

O quadro ainda foi agravado pelo desempenho das commodities agrícolas como algodão (-55%) e soja (-62,6%), que este ano vêm sendo afetadas por pragas, seca e queda dos preços no mercado internacional.

Minérios e Catodos 

O desempenho forte das importações é resultado do crescimento da atividade industrial interna e ao aumento das compras de bens de capital. Destacaram-se no mês passado as compras de minério e catodos de cobre com incremento de 336%, fertilizantes (+71,3%), combustíveis (12%), veículos (13%) e bens de capital (40%).

Segundo o coordenador de Comércio Exterior da Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos do Estado da Bahia (SEI), Arthur Cruz, como normalmente acontece num processo de reorganização e crescimento industrial, a exemplo do que o estado vem atravessando, aliado a um gradativo aumento da renda doméstica, é de se esperar que as importações cresçam acima da média em 2013, reflexo do aumento da atividade produtiva, conjugado com maior nível de competitividade interna traduzido pelo aumento das compras de bens de capital.