Celebrado oficialmente nesta quarta-feira (20), o Dia da Consciência Negra motiva reflexões sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data lembra a morte do herói negro Zumbi dos Palmares, em 1695, e a resistência do povo negro à escravidão. Na Bahia, uma série de atividades é realizada pelas escolas da rede estadual de educação para marcar data e inserir os alunos na discussão sobre a valorização, o respeito e o reconhecimento do negro no país.

No município de Ubaitaba, a 380 quilômetros de Salvador, o Colégio Estadual Otacílio Manoel Gomes celebra o dia há 12 anos. Em 2013, os estudantes do ensino médio comemoram a data nestas quarta e quinta-feira (20 e 21) com o tema ‘África: Culturas e Crenças’. Sob a orientação dos professores das áreas de humanas e linguagem, cada turma representará um país africano ou afrodescendente, destacando seus aspectos culturais.

Conscientização

“Participo da Semana da Consciência Negra há três anos, e o interessante é ver a evolução da escola e das nossas pesquisas sobre o tema. Essa ação ajuda a conscientizar os estudantes principalmente porque ainda existe preconceito”, afirma o estudante do 3º ano do ensino médio, Gilberto Anselmo Santos Pereira Júnior, 18 anos.

Para a colega dele, Beatriz Oliveira Souza, 16, os resultados da ação ultrapassam os muros da escola. “Nós servimos de exemplo para a comunidade e isso ajuda a conscientizar”. A professora de geografia, Iólene Almenida, que coordena a atividade, ressalta a importância da ação. “O projeto já faz parte do calendário escolar. Hoje não temos problemas com preconceito dentro da escola, e isso é reflexo do trabalho que realizamos”.

Também nesta quarta acontece a comemoração do Colégio Estadual Landulfo Alves, no bairro de São Joaquim, em Salvador. Na unidade, os estudantes irão celebrar a cultura de matriz africana com extensa programação cultural nos turnos matutino e vespertino. Capoeira, danças dos orixás, maculelê, comidas típicas produzidas pelos alunos e outras atividades integram o evento intitulado ‘Cultura dos Afrodescendentes’.