A Feira Nacional da Agropecuária (Fenagro) chega este ano à sua 26ª edição com a expectativa de movimentar R$ 100 milhões. Do último sábado (30 de novembro), data da abertura, até o próximo domingo (8), quando o evento será encerrado, devem passar pelo Parque de Exposições de Salvador cerca de 300 mil pessoas, entre empresários, pequenos produtores, estudantes, pesquisadores e famílias, em busca de conhecimento, bons negócios ou apenas lazer e diversão.

Nesta quarta-feira (4), o governador Jaques Wagner, acompanhado do chefe de gabinete da Secretaria Estadual da Agricultura (Seagri), Jaime Carneiro, e outras autoridades, visitou o espaço e destacou a agricultura familiar como uma das atividades produtivas que mais precisam e recebem da atenção do Estado, por ser uma das parcelas da população que mais dependem de políticas governamentais.

Segundo Wagner, para facilitar a vida do pequeno produtor, o governo ampliou o Garantia Safra e estabeleceu o juro zero na a compra de equipamentos para cooperativas. Estamos comercializando os produtos na Cesta do Povo, melhorando o desempenho das cadeias produtivas e agregando valor à produção, dando mais cidadania para os baianos, afirmou.

Oportunidade

Com um estande montado na feira, a produtora Josenaide Alves, do município de Capim Grosso, faz parte de uma cooperativa que beneficia o licuri, um coco típico da Bahia. Nós fazemos 47 produtos do licuri, como sorvetes, cocada, e a Fenagro é uma grande oportunidade de comercializar tudo isso, valorizando a catadeira de licuri, que era desconhecida.

Na Fenagro, é possível também conhecer 25 cadeias produtivas, como a do cacau, do tabaco e do guaraná. Com a assistência técnica da Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), os agricultores familiares do Território de Identidade Baixo Sul da Bahia, região com 7.600 hectares ocupados pelo guaraná, querem passar logo de uma produtividade anual de 400 para 800 quilos por hectare, e ampliar a capacidade para 1.500 quilos em médio e longo prazo.

Maior evento do Norte Nordeste

Segundo Paulo Novoa, vice-presidente da Associação Baiana de Criadores de Cavalos Mangalarga Marchador, uma das instituições parceiras na organização da Fenagro, o evento é a maior feira agropecuária do Norte-Nordeste, a segunda do país e a primeira em número de animais. São seis mil em exposição, entre bovinos, equinos, caprinos e ovinos, de 800 expositores. Até domingo, estão sendo realizados 17 leilões.

O apoio institucional é fundamental. O Governo do Estado faz convênios, fomenta as cadeias produtivas e ajuda na realização do evento com aporte financeiro, por meio da Seagri, diz Novoa. Para o criador, a qualidade dos animais e a feira em si proporcionam para todo o Brasil uma mostra da produção agropecuária da Bahia. Estamos promovendo aqui, este ano, dois eventos nacionais, o campeonato brasileiro de marcha e o Marchador Fest. 

O chefe de gabinete da Seagri, Jairo Carneiro, ressaltou que durante a Fenagro são discutidas políticas publicas de interesse para o desenvolvimento do setor. Temos realizações de seminários e encontros para troca de experiências entre produtores, criadores e organizações governamentais vinculadas ao desenvolvimento da agropecuária baiana. Estas ações são fundamentais para o fortalecimento do segmento e também para a aquisição de novas tecnologias.