As cravinas, rosas, azaleias, hortências, entre outras espécies que compõem o universo das flores, dão o sustento de milhares de famílias na Bahia, e perfumam e colorem mais uma edição da Fenagro. Os produtores rurais expõem seus arranjos no espaço da feira dedicado às flores. A ex-bancária Maria de Lourdes há cinco anos decidiu ingressar na atividade, e incentivou o filho, Rinaldo Pereira, que deixou de exercer a profissão de marceneiro por conta de um acidente de trabalho, a lançar-se na nova empreitada. A família de São Gonçalo dos Campos, que cultiva em seu quintal produtivo e comercializa as flores em feiras no município participa pela terceira vez consecutiva da Fenagro.

O estande do produtor José Júlio Vila, traz a beleza das flores da Arábia Saudita, as Rosas do Deserto, que recebem o nome científico de Adenio, são cultivadas na Fazenda Terumy, em Ipirá. “O cultivo dessas flores requer muito sol e pouca água, uma grande vantagem para nós que temos condições climáticas favoráveis no município”, ressaltou José Júlio. Os valores das plantas africanas adaptadas variam entre R$ 30,00 e R$ 10 mil.

As agriculturas Maria do Carmo e Edvânia, que há dez anos participam da Fenagro, se envolveram no cultivo após conhecer o Projeto Flores da Bahia, desenvolvido em Maracás. O potencial produtivo do município foi aproveitado pela Secretaria da Agricultura da Bahia (Seagri) para revitalizar e ampliar o Flores da Bahia. Lançado em 2003, mantendo-se a estrutura e logística da cooperativa do projeto inicial, o objetivo do atual programa, batizado de Quintais Produtivos, é fornecer capacitação e mudas para quem possui espaço e cisterna, aumentando assim o abastecimento do mercado, e a renda dos pequenos produtores.