Para combater a violência sexual infanto-juvenil na Copa do Mundo e outros grandes eventos esportivos, foi lançada nesta quinta-feira (5), no Palácio Rio Branco, em Salvador, a campanha internacional Não Desvie o Olhar.  A estratégia de divulgação prevê, a partir de fevereiro de 2014, a veiculação de vídeos, mídias externas e materiais gráficos nas 12 cidades-sede da Copa, além de 19 países da Europa e da África. Participaram da cerimônia o governador Jaques Wagner, o prefeito de Salvador, ACM Neto, e o presidente do Conselho Nacional do Sesi e coordenador da campanha, Jair Meneguelli.

A iniciativa é fruto de uma cooperação inédita entre o governo da Bahia, Conselho Nacional do Sesi, Frente Nacional de Prefeitos (FNP) e prefeitura de Salvador, com apoio da União Europeia. Devemos agir como pais, mães e proteger nossas crianças principalmente durante os grandes eventos, como a Copa e as Olimpíadas, com grande circulação de pessoas e muitos turistas de outros países, afirmou Meneguelli.

O objetivo é sensibilizar brasileiros e estrangeiros mobilizados pela Copa para denunciar a violência sexual infanto-juvenil por meio do serviço de disque-denúncia Disque 100. Temos recebido um grande volume de denúncias, o que ajuda a coibir o crime, já que a participação cidadã e a denúncia de um vizinho ou de um parente são fundamentais, disse Wagner.

A mobilização conta ainda com a participação de artistas como Margareth Menezes. Temos o dever de nos empenhar para acabar com essa prática, trazendo respeito à infância e sem exploração, ressaltou a cantora e madrinha da campanha.

Alerta aos turistas

De acordo com o diretor-executivo da rede Ecpat Fim da Prostituição e do Tráfico Infantil, da França, Phillipe Galland, a ação alerta os turistas que visitarão o Brasil durante a Copa sobre os riscos e consequências legais que estão sujeitos no país e em seus locais de origem, caso cometam crimes de exploração sexual, principalmente contra crianças e adolescentes. 

Vamos alertar aquelas pessoas que virão para a Copa e por acaso já se envolveram com esse tipo de exploração ou prostituição infantil de que a situação será mais difícil com a fiscalização, ressaltou Galland.

No exterior, a campanha será promovida pela Ecpat, com veiculação na França, Áustria, Holanda, Polônia, Luxemburgo, Suíça, Gâmbia, Bulgária, Bélgica, Ucrânia, Espanha, Madagascar, Romênia, República Tcheca, Quênia, África do Sul, Reino Unido, Senegal e Estônia.