A festa do Dia do Samba foi comemorada, mais uma vez, no Centro Histórico de Salvador (CHS), onde tudo começou há mais de 40 anos. Mesmo acontecendo numa segunda-feira (2), os admiradores do ritmo movimentaram as ruas e praças do Pelourinho, que ofereceu um total de oito shows gratuitos numa só noite, com alguns dos grandes nomes do samba local.

O Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), órgão da Secretaria de Cultura do Estado (Secult), organizou a programação. O Dia do Samba abriu o calendário das festas populares no CHS. O grupo Trivial, que recentemente completou 20 anos de existência, relembrou clássicos como Tarde em Itapuã e Todo Menino é um Rei, no Largo do Pelourinho.

O sambista Bira, um dos fundadores do grupo, comemorou a participação na festa. “É um prazer saber que um ritmo genuinamente brasileiro, algo vindo dos nossos ancestrais, que resiste e faz parte da nossa cultura, é lembrado em um dia como este. O samba nunca vai morrer”.

Pelo palco principal passou ainda o Negros de Fé, grupo que mistura a sanfona e variados instrumentos de percussão aos tradicionais cavaquinho e pandeiro, mostrando o samba de raiz de forma bem original.

Em paralelo os largos Tereza Batista, Pedro Archanjo e Quincas Berro D’Água também tiveram um intenso movimento de apreciadores do samba. Abriram a festa, a banda Anjo Bom, a cantora Carla Lis, e o grupo Sangue Brasileiro. Já na segunda parte, agitaram a noite Claudya Costta, a sambista Gal do Beco, que recebeu como convidados Melodia da Costa, Muniz e Aloísio Menezes, além do cantor Neto Balla.

Patrimônio

Em todos os espaços o público foi muito participativo, acompanhando cada música e sambando. Para a diretora do CCPI, Arany Santana, a comemoração do Dia do Samba é uma das formas pela qual a Secult cumpre o seu papel de salvaguardar o patrimônio artístico e cultural baiano.

“É responsabilidade do Estado fortalecer, cada vez mais, esta manifestação popular. O Dia do Samba é a data maior para a música brasileira como patrimônio. Este foi um ano maduro, com boas atrações, um público participativo, que prestigiou mais uma vez no Centro Histórico esta grande festa. Trata-se de um dia importante não apenas para a música, mas para o fortalecimento da nossa identidade”, enfatizou Santana.