Um parecer que recomenda a proteção de bens arquitetônicos no bairro de Plataforma, Subúrbio Ferroviário de Salvador, foi aprovado terça-feira (3), durante a sessão plenária do Conselho Estadual de Cultura. O documento validado após votação será incorporado a um processo já existente e seguirá para a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia (SecultBA). Dos 16 conselheiros presentes, 15 votaram pela aprovação do parecer e um se absteve.

O parecer foi assinado pela conselheira de cultura Márcia Sant´Anna, doutora em arquitetura e urbanismo e professora da Faculdade de Arquitetura da Universidade Federal da Bahia. A conselheira integra a Câmara de Patrimônio do Conselho Estadual, formada também pelos conselheiros Ordep Serra, Pasqualino Magnavita, Jaime Sodré e Makota Valdina.

De acordo com Márcia Sant´Anna, a proteção de bens arquitetônicos em Plataforma é uma demanda da sociedade civil que teve início em 1998. Naquele ano, jovens do bairro emitiram um requerimento para que fossem reconhecidos como patrimônio histórico a Igreja São Brás de Plataforma, a Fábrica de Tecidos São Brás e a Escola Úrsula Catharino, bem como todos imóveis antigos que fazem parte do cenário urbano do local.

O argumento utilizado à época é de que esses imóveis fazem parte da história que remete à origem do bairro. Plataforma se consolidou no século XIX, quando a mão de obra era farta nas fábricas da região. Porém, a desativação desse setor econômico foi seguida pelo processo de ocupação desordenada do solo. Hoje, os imóveis que simbolizam a história da área precisam ser preservados.