Educadores, técnicos e gestores da rede estadual de educação e de órgãos públicos de vários estados participam, nesta segunda e terça-feira (9 e 10), no Hotel Vilamar, em Salvador, do II Workshop Nacional de Educação, Gênero e Diversidade Sexual. O evento, inserido na programação dos 16 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência Contra a Mulher, objetiva contribuir no processo de formulação de orientações curriculares quanto às relações de gênero e sexualidade na educação básica.

O workshop é promovido pela Secretaria da Educação do Estado da Bahia, em parceria com o Fórum Nacional de Gestores e Gestoras de Políticas Públicas LGBT e o Núcleo de Estudos de Gênero e Sexualidade da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). A programação inclui mesa-redonda, grupos de trabalho temático, exposição de experiências bem-sucedidas em vários estados, entre outras atividades.

No encontro, estão em debate encaminhamentos sobre políticas de gênero e diversidade atreladas “ao reconhecimento de que todos e todas nós somos sujeitos de direitos”, como afirmou a superintendente de Desenvolvimento da Educação Básica da Secretaria da Educação do Estado, Amélia Maraux, na abertura do evento. De acordo com ela, a discussão está agregada a ações efetivas da secretaria, a exemplo da formação dos professores e a formulação do material didático.

Combate ao preconceito

Segundo a coordenadora pedagógica do Colégio Estadual Úrsula Catharino, Cleide Jussara Silva Oliveira, a atividade contribui para a formação dos professores, técnicos e gestores escolares e, consequentemente, para combater o preconceito. “A questão da diversidade precisa ser discutida para que possamos mudar essa realidade de preconceito. A escola precisa refletir sobre isso e ampliar cada vez mais as suas ações”.

O gestor da política LGBT da Prefeitura Municipal de Vitória da Conquista, Danilo Bittencourt, disse que o evento é uma oportunidade para colocar a discussão da diversidade em pauta, além de buscar o compromisso da escola com o debate dessas questões. Para ele, “a ideia é garantir que os gestores municipais e estaduais compreendam a construção de uma escola que respeite o individuo em sua orientação sexual”. Para a coordenadora do Núcleo LGBT da Secretaria de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), Paulette Furacão, o debate é um grande passo para coibir a evasão escolar causada pelo bullying, além de combater a homofobia.