A segunda etapa da campanha de vacinação contra a Febre Aftosa em 2013 encerrou domingo (15) em todo o estado, após a prorrogação, diante do início tardio das chuvas previstas para o mês de novembro e dezembro. O prazo para declarar a aplicação das vacinas vai até o dia 31 de dezembro nos escritórios da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) distribuídos estrategicamente nos 417 municípios baianos.

Um levantamento parcial destaca a região de Teixeira de Freitas com o maior índice de vacinação da campanha, 82% do rebanho declarado. Detentora do maior rebanho da Bahia com 1.701.764 bovídeos, Teixeira de Freitas já vacinou 583.733 dos 711.107 bovinos e bubalinos de até 24 meses vacináveis. O diretor-geral da Adab, Paulo Emílio Torres, acredita que a Bahia está se recuperando após dois anos sucessivos de seca, e alcança um alto índice de vacinação.

Os criadores que ainda não adquiriram a vacina deverão comparecer a um dos escritórios da Adab para solicitar a autorização de compra em loja credenciada pelo órgão, pois, desde esta segunda-feira (16), as revendas só podem comercializá-la com esta autorização. O diretor de Defesa Sanitária Animal, Rui Leal, explica que o pecuarista que não vacinou seus animais também terá que realizar o procedimento acompanhado por técnicos da Adab e será autuado por não vacinar dentro do prazo estabelecido. “A multa deve ser calculada sobre o número de animais em idade vacinável e estes ficam impossibilitados de transitar pelas rodovias baianas, bem como de participar de eventos pecuários”, esclarece.

“Conseguimos unir a Bahia ao conquistar um marco histórico que tornou a agropecuária baiana ainda mais forte e criador baiano tem sido um grande aliado no combate à febre aftosa”, agradece o secretário de Agricultura, Eduardo Salles, ao falar sobre a unificação dos municípios da Zona de Proteção (Casa Nova, Remanso, Pilão Arcado, Campo Alegre de Lourdes, Mansidão, Formosa do Rio Preto, Santa Rita de Cássia e Buritirama) a todo o estado na estratégia vacinal, para apenas os bovinos e bubalinos de até 24 meses.

O impacto negativo de uma enfermidade como a febre aftosa em um País fica em torno de US$ 7 bilhões/ano e o último foco de aftosa ocorrido no Brasil (Mato Grosso do Sul e Paraná) ocasionou a perda de 78 mil cabeças e custo financeiro direto superior a R$ 47 milhões nas ações de saneamento.