Em novembro de 2013, o comércio varejista na Bahia acelerou o ritmo de crescimento em 7,5%, em relação a igual mês do ano anterior, segundo informações da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A variação superou a nacional que ficou em 7,0%.

Os dados foram analisados pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), vinculada à Secretaria do Planejamento (Seplan). A pesquisa também constatou que entre outubro e novembro de 2013, o varejo baiano cresceu 0,6%, ficando acima da taxa de outubro (0,3%).

A expansão no ritmo das vendas no varejo em novembro é atribuída à antecipação da parcela do 13º salário e à manutenção do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) reduzido para linha branca e móveis, mesmo com o reajuste gradual a partir do mês imediatamente anterior.

Oito setores

Os dados do comércio varejista na Bahia, quando comparados a novembro de 2012, revelam que sete dos oito ramos que compõem o indicador apresentaram alta no volume de venda: livros, jornais, revistas e papelaria (25,7%), artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (19,3%), móveis e eletrodomésticos (18,4%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (11,4%), combustíveis e lubrificantes (6,3%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (5,2%) e tecidos, vestuário e calçados (3,1%).

Apenas o setor de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação registrou taxa negativa de 33%. Para os subgrupos de super e hipermercados, de móveis, e de eletrodomésticos, os resultados foram positivos em 6,4%, 13,6% e 22,7%, respectivamente.

Eletrodomésticos

A expansão de 18,4% registrada no segmento de móveis e eletrodomésticos posiciona o setor como o principal impulsionador dos negócios, no mês analisado, para o varejo baiano. A política de incentivo ao consumo, por meio da manutenção de alíquotas de IPI reduzidas para os produtos do ramo, e o programa ‘Minha Casa Melhor’ continuam justificando esse comportamento.

Quando desagregado, observa-se que a maior contribuição veio das vendas de eletrodomésticos, mesmo que a desvalorização cambial tenha comprometido a venda de alguns produtos eletrônicos.

Hipermercados

O segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo ocupou a segunda posição, com crescimento de 5,2% em relação a igual mês do ano passado.

Segmento de maior peso para o Indicador de Volume de Vendas do Comércio Varejista, a atividade foi impulsionada pelo aumento do poder de compra da população, decorrente da antecipação do 13º e do crescimento da massa de rendimento, mesmo com a elevação dos preços do setor acima da inflação geral.

Artigos farmacêuticos

A terceira posição coube a artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com expansão de 19,3% nas vendas. A essencialidade dos produtos comercializados no ramo associada à expansão da massa de salários são os principais aspectos para esse resultado.

O segmento equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação foi o único dos ramos, que compõem a pesquisa, a registrar em novembro variação negativa (-33,0%). Isso foi influenciado pelo aumento de preços dos eletroeletrônicos em virtude da desvalorização da taxa de câmbio.

Varejo ampliado

O comércio varejista ampliado, que inclui o varejo e as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, apresentou em novembro expansão de 4,9% nas vendas. No acumulado dos últimos 12 meses a expansão ficou em 2,2%. O segmento de veículos, motos, partes e peças registrou variação negativa de 1,2% em novembro, em relação a igual mês do ano anterior.

Conforme a análise da SEI, quando observado o comportamento do setor no mês imediatamente anterior (-7,5%), observa-se que houve melhora na aquisição dos produtos comercializados no setor.

Esse comportamento é explicado pelo prazo dos incentivos concedidos pelo governo ter sido prorrogado até 31 de dezembro, fato que impulsionou a ‘corrida’ dos consumidores às concessionárias. O segmento de material de construção apresentou em novembro crescimento de 6,9% nas vendas em relação ao igual mês do ano passado, reflexo dos incentivos fiscais do governo por meio da redução do IPI.