A Secretaria da Educação do Estado deverá divulgar no dia 11 de abril o resultado do concurso público para preenchimento de 390 vagas de professor indígena. A primeira etapa do concurso foi realizada neste domingo (12) e contou com 1.167 inscritos. Esse é o primeiro concurso público do gênero já realizado em todo o País para a atividade, que é específica à etnia.

As provas, em formato objetivo (50 questões) e discursivo (quatro questões), foram aplicadas nas cidades de Porto Seguro, Ilhéus, Paulo Afonso, Ibotirama e Ribeira do Pombal. O gabarito já está disponível no site da Consultoria em Projetos Educacionais e Concursos – Consultec (www.consultec.com.br).

“As provas aconteceram tranquilamente, sem qualquer intercorrência. O concurso segue, agora, em sua segunda etapa, que consiste na avaliação de títulos, com caráter classificatório”, informou a diretora de planejamento da Secretaria da Educação do Estado, Ana Grácia.

Com este concurso, conforme o secretário estadual da Educação Osvaldo Barreto, o Governo do Estado consolida a política de educação indígena, prevista na Lei Estadual nº 18.629/2010, instituindo ineditamente no País a carreira do professor indígena no quadro do Magistério Público do Estado da Bahia.

Educação diferenciada – A Bahia conta, atualmente, com 67 espaços escolares indígenas mantidos pela Secretaria da Educação do Estado, e 7.492 estudantes matriculados.

A iniciativa integra uma política que prevê a construção de uma educação diferenciada, específica e com qualidade, resultante de um exercício partilhado com os índios. Para preencher uma das 390 vagas disponíveis, o candidato tem que pertencer à etnia da aldeia onde deverá exercer as atividades.

As vagas foram distribuídas pelas Diretorias Regionais de Educação (Direc) e deve contemplar 19 escolas em 19 aldeias situadas nos municípios de Abaré, Banzaê, Buerarema, Euclides da Cunha, Glória, Ibotirama, Ilhéus, Muquém do São Francisco, Pau Brasil, Prado, Rodelas e Santa Cruz Cabrália.