A Região Metropolitana de Salvador (RMS) terminou o ano de 2013 com redução de 14,7% no índice de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLIs) em relação a 2012, o que, em números absolutos, representa menos 126 ocorrências. Na capital baiana, a tendência de redução se manteve em queda, passando de 1.660 casos para 1.482, diferença de 10,7% em relação ao ano anterior.

Os números foram apresentados nesta terça-feira (14) pelo secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa, em entrevista coletiva, no auditório do Ministério Público Estadual (MPE), que precedeu a reunião do Comitê Executivo do Programa Pacto pela Vida, presidida pelo governador Jaques Wagner, na sede do MPE, no Centro Administrativo da Bahia (CAB).

O comitê reúne representantes do Judiciário, Assembleia Legislativa, Ministério Público, Defensoria Pública, secretarias estaduais, entre outras instituições, na articulação de ações de enfrentamento à violência.

Maiores reduções

Em Salvador, as maiores reduções de homicídios ocorreram nas Áreas Integradas de Segurança Pública (Aisp) da Boca do Rio (-50,8%), do CIA (-44,3%) e de Cajazeiras (-28%). Já na RMS, os melhores resultados foram apresentados pelas Aisps de Simões Filho, com diminuição de 29,3%, e de Pojuca (25%). 

O governador destacou que os números são bons, mas o trabalho continua. Isto aqui é um processo, estamos evoluindo na Bahia e no Brasil inteiro. Eu quero parabenizar a todos e espero que a gente continue caminhando nesta questão tão sensível que é a segurança pública.

Superação da meta

Maurício Barbosa afirma que as reduções em Salvador e na região metropolitana ultrapassaram a meta de 6% de diminuição no número de homicídios, prevista para o período. Foi um ano muito produtivo, aumentamos muito a apreensão de armas e drogas, reduzimos os crimes de roubos de veículos e a coletivos.

Para o secretário, os bons resultados apresentados em 2013 se devem ao amadurecimento das investigações. Montamos uma força tarefa com o apoio da Polícia Federal e do Ministério Público, potencializando o desmantelamento de quadrilhas. Inúmeros chefes de quadrilhas foram presos. Houve aumento substancial na apreensão de maconha, crack e cocaína. Mas este é um trabalho dinâmico porque quando um traficante é preso, outros vão tentando ocupar o seu espaço.

Menor número de veículos roubados

De acordo com a apresentação do secretário Maurício Barbosa, o número de veículos roubados caiu em 9,3%, passando de 6.739, em 2012, para 6.114 no ano passado. Os melhores resultados ocorreram nas Aisps de São Caetano, que conseguiu diminuir os índices de roubo de veículos em 37,5%, e do Bonfim, onde houve queda de 510 para 367.

O saldo final do número de assaltos a ônibus no ano passado, em Salvador, também teve redução de 26,3%. Em comparação ao ano anterior, foram menos 427 ocorrências, com destaque para as Aisps do CIA, que reduziu em 73,3% o número de casos, da Barra, onde o índice caiu de 19 para 11%, e de Brotas, com menos 87 registros.

Produtividade policial

Além da redução nos principais índices de criminalidade em Salvador e na RMS, as polícias Civil e Militar também foram responsáveis por operações que resultaram na apreensão de grande quantidade de material ilícito. Só no ano passado, foram recolhidas 3.278 quilos de maconha, 84 quilos de crack e 435 quilos de cocaína.

O número de armas apreendidas também subiu de 879, em 2012, para 1.093 em 2013, assim como a quantidade de mandados judiciais cumpridos – de 435 para 906. As prisões em flagrante também tiveram aumento de 5.225 para 5.482.

Metas para 2014

O secretário da Segurança Pública informou que a meta para 2014 é a redução de 6% novamente. Segundo ele, serão instaladas bases comunitárias, entregues unidades policiais, além da formatura de novos policiais civis e militares. Nós vamos chamar cerca de mil policiais civis este ano. Há ainda o Centro Integrado de Gestão de Emergências [Cige], investimento de R$ 240 milhões autorizado pelo governador Jaques Wagner, que vai fazer com que haja melhora da produtividade da segurança pública em todo o estado.

Ações integradas

O secretário de Comunicação Social e coordenador do Pacto pela Vida, Robinson Almeida, ressaltou que o programa combina dois aspectos – as ações de polícia e as ações sociais -, os quais, de acordo com ele, no ano passado avançaram muito. Com as bases comunitárias de segurança, garantimos a presença do Estado em regiões vulneráveis, levando serviços na área de capacitação para o mercado de trabalho, a prática esportiva e lazer, para que a gente possa incluir, principalmente, a juventude, parcela mais vulnerável à violência em todo o país.

 

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Publicada às 14h45
Atualizada às 19h05