Há quatro anos a Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola (EBDA), vinculada à Secretaria da Agricultura (Seagri), vem prestando assistência técnica aos agricultores e familiares do Assentamento Moita Redonda, no município de Inhambupe. Como parte das ações, no final do mês de fevereiro a empresa distribuirá para 50 famílias de agricultores familiares da localidade, sementes de oito variedades de hortaliças e kits com implementos para a manutenção das áreas de plantio.

A iniciativa tem como objetivo incentivar nos assentamentos pequenas hortas comunitárias por meio da capacitação dos agricultores assentados. Cada família beneficiada receberá um kit contendo sementes de alface, cebola, cebolinha, cenoura, coentro, quiabo e tomate, e outro com ferramentas como regador, dois tipos de pás, sacho e ancinho.

“Através desta ação os assentados terão mais uma opção de renda e uma alimentação diversificada”, explicou o chefe da Divisão de Fruticultura e Olericultura da EBDA, Beneval Dias do Nascimento.

Os técnicos da empresa fazem, regularmente, visitas de acompanhamento para orientar os assentados sobre o plantio e desenvolvimento das culturas, bem como a condução da cultura da laranja, que é o carro chefe do assentamento. De acordo com Nascimento, dentre as ações já realizadas destacam-se a capacitação sobre adubação do laranjal, a manutenção da área e a elaboração de proposta de regularização ambiental.

Renda

O assentamento produz laranja nas áreas coletivas e a renda obtida vem sendo destinada ao pagamento da parcela de financiamento da terra, e o excedente é distribuído entre os associados. Nos lotes individuais, cada assentado tem, em média, quatro hectares de laranjeiras, em franca produção, onde também são cultivadas culturas como amendoim, abóbora e melancia.

Outro destaque do assentamento é uma área de irrigação coletiva, com plantações de quiabo, amendoim e melancia, em sistema de rotação de culturas. Os assentados também contam com uma casa de farinha mecanizada, com dois fornos elétricos e obtêm uma produção de 70 sacas de 50 kg de farinha, por semana.

Casa de farinha

“Visando o desenvolvimento da atividade, foram implantados Subprojetos de Investimentos Comunitários (SICs) para reforma e ampliação da casa de farinha”, destacou Beneval Nascimento.

Além de ampliar a assistência técnica para os assentados, a EBDA pretende elaborar um projeto sobre mandioca para atender a demanda da casa de farinha. O técnico também informa que está nos planos da empresa a capacitação dos produtores para fabricação de uma farinha de melhor qualidade, compatível com as exigências do mercado das grandes cidades.