As exportações baianas cresceram 0,34% em janeiro, alcançando US$ 682 milhões, apesar do aumento de 21,4% no volume físico embarcado (quantum) e da desvalorização de 15,5% do Real frente ao dólar em 2013. A contração dos preços internacionais de produtos importantes para a pauta do estado como celulose, químicos, soja, ouro, cobre e petróleo neutralizou os ganhos obtidos com o aumento dos embarques.

No entanto, entre os setores que se recuperaram no início de 2014 está o de derivados de petróleo, que apresentou resultados negativos na balança comercial baiana em 2013. As vendas do setor cresceram 66% frente a igual mês do ano anterior, resultado do aumento da produção interna. Estimuladas pelo câmbio, cresceram ainda as vendas de celulose, em 32%, e as do setor químico/petroquímico (14%), mesmo com a queda nos preços.

O destaque negativo ficou com a retração das vendas do setor automotivo (85%) devido a crise econômica vivida pela Argentina. O país, principal parceiro comercial do setor (compra quatro de cada cinco carros exportados), vive crise cambial e adotou, em dezembro último, medidas de restrição de até 27,5% na compra de importados para conter a deterioração das reservas.

Com exceção da Ásia, que, com a China à frente, vem segurando a queda das exportações baianas desde o ano passado – crescimento de 19,4% em janeiro – o estado vendeu menos a todos os seus destinos de exportação. Dentre os principais mercados, uma das maiores quedas nas vendas foi justamente para a União Européia (EU), que ainda enfrenta forte recessão.

Maior parceiro comercial da Bahia, o bloco importou 4,5% a menos em janeiro (US$ 145,3 milhões) em relação ao mesmo mês de 2013. Caíram também as vendas para os EUA em 9,3%, para o Mercosul (-14,3) e para a América Latina (-61,6%).

Importações

As importações mantiveram alta em janeiro deste ano. As compras externas alcançaram US$ 967,8 milhões com incremento de 6,2% em relação a 2013. Nafta, cacau, automóveis, fertilizantes e bens de capital responderam pelo aumento no mês.

Com exceção dos automóveis, os produtos que pressionaram as compras em janeiro entram para atender ao aumento da produção industrial via reposição de estoques e a ampliação ou realização de novos investimentos industriais o que significa a geração de mais renda e emprego para o estado.

Com os resultados de janeiro, a balança comercial do estado registrou déficit de US$ 285,8 milhões, 23,6% maior que o déficit registrado em janeiro de 2012. Isso se deve a movimentos típicos do primeiro mês do ano, quando são registradas menos exportações, devido à entressafra, férias coletivas e aumento nas importações em decorrência da reposição de estoques.