Os novos integrantes do Conselho Estadual de Juventude (Cejuve) foram empossados pelo governador Jaques Wagner para a gestão 2014/15, nesta terça-feira (18), no salão de atos da Governadoria, no Centro Administrativo da Bahia (CAB). Vinculado à Secretaria de Relações Institucionais (Serin), o órgão possui caráter consultivo e foi criado em 2008, atendendo às reivindicações apresentadas durante a 1ª Conferência Estadual de Juventude da Bahia.

“Eu espero que o conselho seja cada vez mais um espaço de debate das ideias e problemas da juventude, produzindo caminhos e sugestões”, afirmou o governador. Ele disse que o Estado já tem uma legislação que institui o Plano Estadual de Juventude e que o Conselho vai deixar de ser instituído por um decreto e virar lei também.

“Temos uma caminhada feita, com ampliação de escolas técnicas, universidades, empregos, casas populares. Temos conferências de segurança, cultura, nutricional. Tudo isso abre espaço para a juventude se realizar”, enfatizou Wagner.

Entre as atribuições do conselho, estão a apresentação de propostas de políticas públicas e outras iniciativas que busquem assegurar e ampliar os direitos dos jovens, a promoção de estudos, debates e pesquisas sobre a realidade desse público e propor estratégias de acompanhamento e avaliação da política estadual de juventude.

De acordo com o censo demográfico de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 28% da população baiana é formada por jovens entre 15 e 29 anos, o que corresponde a mais de 3,9 milhões de pessoas.

Representatividade

O Cejuve é formado por 40 membros da sociedade civil, sendo 20 titulares e 20 suplentes, além de 20 representantes dos poderes públicos, dez titulares e dez suplentes. Os conselheiros representam também diversos segmentos ligados à juventude, como cultura, Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transsexuais (LGBT), entre outros.

A conselheira e quilombola Fernanda dos Santos, do extremo sul da Bahia, disse que para a comunidade é importante o desenvolvimento de políticas públicas para que os jovens não precisem deixar seu lugar de origem e partam para a cidade. “Queremos que eles permaneçam e, para isso, queremos contribuir com o conselho para manter e preservar nossa cultura”.

Vice-presidente do Conselho, o representante da sociedade civil, Eduardo Ribeiro, ressaltou ser importante o conselho conseguir potencializar as ações das organizações que o compõem. “É importante que a gente volte a defender a instituição do nosso Conselho da Juventude por lei, pois, até agora, somos regulamentados por decreto, e assim, vamos ter uma política de estado defendendo a bandeira da juventude”.