A Adutora do Catolé, executada de forma emergencial pela Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) para suprir o déficit de água nas barragens de Água Fria I e II, responsáveis pelo abastecimento de Vitória da Conquista, na região sudoeste, já está em pleno funcionamento.

Com o investimento de R$ 33 milhões foram construídos 15,3 quilômetros de tubulação, três estações elevatórias e um barramento no rio Catolé Grande com uma captação flutuante que terá capacidade para transportar 300 litros de água por segundo até a barragem de Água Fria II.

Para atender o sistema integrado de abastecimento de água (SIAA) de Vitória da Conquista e Belo Campo são disponibilizados diariamente aproximadamente 45 mil metros cúbicos de água. "Esta obra é uma das ações do Programa Água para Todos, do Governo do Estado, e vai garantir a segurança hídrica para o SIAA de Conquista pelos próximos cinco anos, período em que a barragem do Catolé, um investimento de R$ 141,7 milhões, será construída", explica o presidente da Embasa, Abelardo de Oliveira Filho.

O empreendimento faz parte das ações da empresa no combate aos efeitos da seca, que contam com investimentos da ordem de R$ 1 bilhão. O gerente local da Embasa, Álvaro Aguiar, alerta a população para a importância de continuar colocando em prática medidas de economia e o consumo racional.

Ainda segundo Álvaro, as dificuldades com o abastecimento são uma nova tônica que vem ocorrendo em todo o país e cada vez mais os mananciais se distanciam. “Conquista consumia água do próprio rio Verruga, dentro da cidade. Depois passou para os rios Monos e Água Fria e, agora, já estamos chegando no rio Catolé, numa distância de quase 60 quilômetros da sede municipal”.

Nível das barragens

Atualmente, os reservatórios de Água Fria I e II têm acumulado aproximadamente quatro milhões de metros cúbicos, ou seja, 60% de sua capacidade de reservação. O período de chuvas na região deve finalizar neste mês e espera-se que as barragens possam alcançar níveis melhores, uma vez que as chuvas registradas desde novembro ainda são insuficientes para normalizar a situação dos mananciais.