O último dia do Seminário Interestadual de Convivência com o Semiárido foi marcado pela síntese das proposições acumuladas durante os dois dias de evento, que vão compor a política nacional de convivência com a região.

Nesta sexta-feira (28), na Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM), a ação foi concentrada nos grupos de trabalho com os temas Acesso a Terra e Infraestrutura Social, Inclusão Socioprodutiva, Universalização do Acesso a Água, Educação, Gestão da Política de Convivência com o Semiárido, Clima e meio-ambiente.

O Seminário é uma iniciativa do Governo Federal, através do Ministério da Integração, e conta com a participação dos estados do Espírito Santo, Sergipe, Minas Gerais e Bahia. Participaram do evento agricultores familiares e representantes da sociedade civil e de diversos setores atuantes na região semiárida.

Protagonismo

Luiz Henrique d´Utra, coordenador de Articulação e Monitoramento da secretaria estadual da Casa Civil e responsável pela elaboração do seminário, disse que o evento superou as expectativas.

“A qualidade, tanto das apresentações quanto das construções coletivas, mostram que a Bahia, dada a dimensão da sua área no semiárido, tem um papel importante no protagonismo da construção de uma política nacional de convivência com a região”, avaliou.

Esforço conjunto – Ele ainda destacou que “o seminário é fruto de um esforço conjunto, de diversas secretarias de estado, que colaboraram com a criação de uma metodologia, garantindo o sucesso do que foi produzido”.

Para o coordenador institucional do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (IRPAA), Cicero Félix, este é um momento histórico. “O governo da Bahia está de parabéns, por ampliar esse desafio que é pensar em políticas de convivência com o semiárido. Nós, que vivemos na região, estamos muito felizes de participar desse projeto", disse.

José Mauro Couto, assessor do Ministério da Integração, destacou a contribuição popular no seminário. “Percebi um diferencial do governo baiano, que é o fazer política junto com a sociedade civil. Certamente colhemos bons frutos que, no futuro, farão o semiárido brasileiro cada vez melhor".

Integração

Segundo Edison Ribeiro, superintendente de Política de Planejamento Ambiental da Secretaria Estadual do Meio Ambiente (Sema), a palavra de ordem deste trabalho é integração. "O seminário atendeu mais do que as expectativas. As contribuições, mais ainda. É a integração de pessoas que fazem histórias de luta no semiárido. O mais importante foi a sociedade perceber que pode contribuir com seus conhecimentos e cultura”, declarou.

O trabalho seguirá com a realização do Seminário Nacional de Convivência com o Semiárido que acontece na cidade de Fortaleza, no Ceará. O evento está marcado para os dias 28 e 29 de abril deste ano.