A produção da indústria baiana apresentou, em fevereiro passado, retração de 1,2% em relação ao mês de janeiro deste ano, segundos dados da Pesquisa Industrial Mensal realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mesmo com resultado negativo, Bahia teve o melhor desempenho do Nordeste no mês.

No conjunto do país, houve leve incremento de 0,4% nesta base de comparação, sendo que as maiores quedas aconteceram no Espírito Santo (-4,3%), Pernambuco (-3,9%), Região Nordeste (-1,7%), Ceará (-1,6%) e Minas Gerais (-1,6%), tendo a Bahia apresentado a menor queda (-1,2%).

Segundo análise da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), na comparação entre janeiro e fevereiro, apesar da forte queda na produção de automóveis (-31,5%), o setor de produtos químicos foi o que mais pesou para a taxa geral negativa. Já o setor de refino de petróleo e álcool apresentou a maior contribuição positiva, com 8,9% de crescimento.

“O setor de automóveis vinha bastante aquecido, com a política de redução do IPI. Esse freio na produção de novos veículos automotores reflete o desquecimento nas vendas tanto para o mercado interno quanto para o mercado externo”, explica Carla Janira Nascimento, analista da SEI.

No confronto entre fevereiro de 2014 com fevereiro de 2013, a indústria baiana apresentou acréscimo de 0,1%, com seis das nove atividades pesquisadas mostrando aumento na produção.

Avanços

O resultado positivo no indicador é atribuído, principalmente, ao segmento de refino de petróleo e produção de álcool (10,1%), impulsionado pela maior fabricação de óleo diesel e outros óleos combustíveis, gasolina automotiva e querosenes de aviação.

Vale citar ainda os avanços vindos de metalurgia básica (4,9%), celulose e papel (2,4%) e minerais não metálicos (7,0%). As contribuições negativas ficaram com os setores de produtos químicos (-5,7%), alimentos e bebidas (-6,2%%) e veículos (-37,1%).

No acumulado do ano de 2014 (primeiro bimestre), comparado com o mesmo período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana registrou decréscimo de 0,1%.

Cinco dos oito segmentos da indústria de transformação influenciaram o resultado no período, com destaque para alimentos e bebidas (-11,0%), pressionado em grande parte pela redução na produção de farinhas e “pellets” da extração do óleo de soja e óleo de soja refinado e veículos (-53,3%).

Positivamente, destacaram-se refino de petróleo e produção de álcool (11,3%) e Produtos químicos (1,5%).

Acumulado

No acumulado em 12 meses, comparado com o mesmo período do ano anterior, a taxa da produção industrial baiana assinalou crescimento de 3,3%.

Dos oito segmentos da indústria de transformação seis apresentaram acréscimo no período, com destaque para refino de petróleo e produção de álcool (13,0%), metalurgia (19,4%) e minerais não metálicos (3,7%). Por outro lado, as influências negativas vieram de alimentos e bebidas (-7,8%) e celulose e papel (-0,6%).